Contra a Reforma da Previdência
Assembléia Nacional no Rio de
Janeiro reafirma opção pela paralisação por
tempo indeterminado
A Assembléia Nacional dos AFRF no Rio de Janeiro reafirmou a dispo-sição
de levar a paralisação adiante, optando em massa pelo tempo
indeterminado. O maior compareci-mento também é um dos sinais
de que os AFRF vão disputar palmo a palmo cada artigo da reforma
da Previdência, a começar pela paridade de mentirinha para
os servidores em atividade. O relato dos colegas que estiveram em Brasília
também contribuiu para recarregar as energias. Em sucessivas reuniões
com os líderes dos partidos, os AFRF cariocas puderam perceber
que há fissuras suficientes para fazer ruir o acordo que garantiu
a votação no primeiro turno. A própria ausência
da bancada governista para abrir a sessão da Comissão Especial
que trata da reforma tributária é um sinal de que as coisas
não vão tão bem para o lado dos defensores das reformas.
DELEGADOS - a escolha dos delegados para a Plenária Nacional,
em Brasília, foi decidida através de votação.
Desta vez havia mais candidatos do que vagas. A Assembléia deliberou,
por consenso, destinar 03 vagas para o Porto, 03 para o Aeroporto, 01
para Nova Iguaçu, 01 para Sepetiba e 01 para Volta Redonda. Do
Ministério da FAzenda irão 03 delegados e 06 observadores.
Piquete de AFRF no Terminal da Libra, no Porto do Rio
de Janeiro, reforça paralisação
No dia 22, sexta-feira, cerca de 20 AFRF reforçaram a paralisação
no Porto do Rio de Janeiro com um piquete de quatro horas no terminal
da Libra. A sexta-feira é o dia de maior pressão no setor
de importações e a presença dos AFRF ajudou a segurar
o tranco. Depois o piquete transformou-se em manifestação
pública diante do armazém da Libra, com vários colegas,
inclusive do Ministério da Fazenda, se revezando nos discursos.
Os colegas do Porto que estavam presentes reafirmaram a disposição
de prosseguir na luta.
Auditores do Rio convencem Biscaia a
trabalhar pela emenda de redação
Em reunião realizada na tarde de sexta-feira, dia 22, cerca de
15 AFRF do Rio de Janeiro levaram ao deputado federal Antônio Carlos
Biscaia (PT/RJ) uma cópia da emenda de redação que
altera os termos que definem a paridade no texto da reforma da Previdência.
Biscaia declarou estar de pleno acor-do. Não precisam me
convencer. Eu sei que a paridade não está contemplada na
atual redação, disse o deputado.
Biscaia defendeu a alteração proposta pelos Auditores e
se comprometeu a levar o assunto ao líder do PT na Câmara,
Nelson Pellegrino, ao relator da reforma, José Pimentel, e a outros
líderes de partidos da base aliada. Ele acredita que se houver
pres-são dos líderes o governo será obrigado a fazer
a modificação para cumprir o que anunciou no dia da votação,
quando a paridade para os atuais servidores foi incluída no acordo.
A reunião animou os Auditores, que vêm encontrando boa receptividade
em todos os contatos recentes para tratar do assunto. Alguns deputados
se mostram irritados com o relator quando percebem que foram ludibriados.
Outra conclusão tirada da reunião, é de que a oportunidade
para mexer na paridade é agora, no segundo turno. No Senado voltaremos
tratar as questões relativas à taxação dos
inativos e à redução das pensões. Mas, para
tudo isso, é fundamental a mobilização.
Foto
Biscaia admite aos AFRF que paridade foi quebrada
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