Saturnino Braga reúne-se com
AFRF no auditório da DS/RJ
O senador Saturnino Braga esteve reunido com os AFRF do
Rio de Janeiro no auditório da DS/RJ para debater a Reforma da
Previdência na sexta-feira, dia 26/09. O presidente da DS/RJ,
Alexandre Teixeira, abriu o encontro fazendo uma síntese das
críticas da categoria à concepção de previdência
adotada pelo governo, que privilegia a lógica fiscal em detrimento
dos princípios de solidariedade de gerações e da
justiça social. Alexandre enumerou quatro medidas na área
tributária sem necessidade de mexer na Constituição
que seriam suficientes para gerar uma arrecadação
seis ou sete vezes maior que a obtida com a reforma. "Isso sem
sacar direitos dos trabalhadores, somente cobrando o justo de uma elite
que não contribui para o financiamento do Estado", concluiu
Alexandre.

Aelio dos Santos, Alexandre Teixeira, Saturnino Braga e Pedro Delarue:
trabalho parlamentar no Rio
Estiveram presentes o diretor de assuntos parlamentares
da DEN, Pedro Delarue, diversos diretores da DS/RJ e representantes
de várias entidades dos servidores federais, estaduais e municipais,
que também puderam expor seus argumentos.
Durante duas horas e meia, Saturnino defendeu as posições
do governo, combatendo os argumentos dos AFRF e dos representantes das
demais entidades. O senador repetiu as alegações do ministro
Ricardo Berzoini sobre déficit e gastos públicos com a
previdência e, mesmo confrontado com números do próprio
ministério, não se mostrou disposto a ceder. Ele disse
acreditar que a reforma é necessária e reafirmou sua crença
no governo Lula.
Apesar de afirmar todo o tempo sua convicção
na necessidade da reforma, Saturnino admitiu que há "injustiças"
e "crueldades" na reforma aprovada na Câmara e modificações
serão necessárias "para minimizar as primeiras e
eliminar as últimas". (continua)
Saturnino citou quatro pontos que, no seu entendimento,
deverão ser rediscutidos: paridade, taxação dos
inativos para servidores em condições especiais, regras
de transição e sub-teto. Segundo ele, um outro ponto passível
de modificação é o controle social dos fundos de
pensão, ponto que ele considera crucial. Saturnino acredita que
o controle social terá capacidade de direcionar os investimentos
dos fundos de pensão para projetos de interesse do país,
ainda que seja inevitável aplicar parte da arrecadação
no mercado de capitais, o que, para os críticos da reforma, significa
a privatização dos recursos da previdência, que
irá alimentar a especulação financeira concentradora
de renda.
Saturnino assumiu o desgaste causado pela reforma e exortou
os presentes a fazer um julgamento do governo daqui há três
anos. Ele ainda acredita que Lula cumprirá as promessas de campanha
e fará um grande governo. A pergunta é: para quem, senador?
No momento dos debates com a platéia, Alexandre
Teixeira abriu a palavra para a Auditora-Fiscal da Previdência,
Clemilce Sanfim. Em dez minutos, Clemilce desmontou os argumentos do
senador e mostrou porque é ovacionada em todas as suas participações
na discussão da reforma. Ao final, falando sobre sonegação,
desvios e desleixo com o patrimônio do INSS, Clemilce concluiu:
"Da Previdência tudo se exige, mas também tudo se
tira". Foi aplaudida mais uma vez de pé.
AFRF do Rio votam fim das paralisações
Em nível nacional, venceu paralisação por 24
horas na 4ª
Os AFRF do Rio de Janeiro aprovaram, por ampla maioria,
continuar com as mobilizações contra a Reforma da Previdência,
mas sem paralisações daqui por diante. O principal argumento
dos AFRF é de que, mesmo forte no Rio, a paralisação
não vinha surtindo os efeitos desejados e não se podia
desgastar um instrumento tão importante na luta dos servidores.
A paralisação começou a perder força quando
as demais categorias que compõem a CNESF saíram da greve
e outras não entraram. Em vários estados, a paralisação
vinha rateando.
DS/RJ defende adesão
A despeito da visão dos AFRF do Rio, as paralisações
continuam. Em nível nacional, com aproximadamente 60% dos votos,
a Assembléia Nacional aprovou paralisação por 24
horas na próxima quarta-feira, dia 1º de outubro. A DS/RJ
convoca todos os AFRF a aderir à paralisação, como
vínhamos fazendo, respeitando a decisão nacional. Esta
semana a DEN espera contar com 30 AFRF para o trabalho parlamentar.
Da DS/RJ estão indo quatro colegas. O sindicato continuará
revendo semanalmente as estratégias para interferir na votação
da refor-ma no Senado, prevista para a primeira semana de novembro em
primeiro turno. No dia 02 de outubro haverá Assembléia
Nacional.
ASA/RJ e AFAMA/RJ
convidam para a palestra
"A Previdência Social
no Serviço Público"
José Miguel Bendrão Saldanha
Professor da Escola de Engenharia da UFRJ
Sara Granemann
Professora da Escola de Serviço Social da UFRJ
Dia 30/09/2003, às 13:30h
Local: Auditório da DFA-RJ
Av. Rodrigues Alves, nº 129 - Térreo