Correção da Tabela do IR
é bandeira antiga do Unafisco
Neste Domingo, dia 29 de fevereiro, o jornal O Globo dedicou
três páginas ao Imposto de Renda. Em manchete de capa,
estampou que os assalariados pagam hoje três vezes mais de IR.
Uma das razões é bem conhecida: é o congelamento
da tabela. Há quatro anos o Unafisco desenvolve a campanha Chega
de Confisco, defendendo a correção anual da tabela do
IR para evitar exatamente o que O Globo denuncia. Trabalhadores de classe
média baixa, que deveriam estar isentos, são incluídos
na base do imposto sem capacidade contributiva.
Quando o Unafisco lançou a campanha, em abril de
2000, a tabela deveria ser reajustada em cerca de 35%, para voltar aos
níveis de 1995, quando começou o congelamento. A sociedade
pressionou e o Congresso Nacional percebeu a injustiça, determinando
a correção que, no entanto, ficou em apenas 17,5% a correção.
Aquela foi uma das grandes derrotas de FHC no parlamento, apesar da
correção ter sido parcial.
A luta pelo reajuste da tabela do IR também é
endossada por outras entidades. O Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário (IBPT) já havia alertado que o congelamento
da tabela é ilegal, pois contraria o Código Tributário
Nacional. A legislação diz que a dedução
do imposto de renda deve incidir sobre a renda líquida do trabalhador,
desconsiderando a dedução sobre as despesas necessárias
para a sobre-vivência.
Segundo a Ernst & Young, os contribuintes que ganham,
por ano, 20 mil e 34 mil as menores faixas de rendimentos analisadas
no estudo são os mais prejudicados pela falta de reajuste
na tabela do IR. O que se verifica pelo estudo é que a carga
tributária da classe média é cada vez maior e justamente
são as faixas de menor renda que sofrem com o congelamento da
tabela, como o Unafisco tem denunciado.
A luta pela correção da Tabela do IR precisa
ser fortalecida e estar ativa durante todo o ano. Caso contrário,
em 2005 mais uma leva de trabalhadores de baixa renda será tragada
para o imposto, que invade sem pudor um salário que já
é miúdo para as necessidades básicas de uma família.
Hoje, o Unafisco calcula que o reajuste da tabela deveria chegar a mais
de 50%. Essa é uma luta que deve ser retomada com grande força.
Primeiramente, por uma questão pura e simplesmente de justiça.
E depois, porque o contribuinte não distingue a Receita Federal
de seus servidores e somos vistos, então, como agentes da injustiça.
Colocar-se ao lado da sociedade em suas lutas por justiça social
é uma das formas de fazer uma aproximação necessária
e urgente da categoria com a população.
Assembléia Nacional dos
Auditores-Fiscais da Receita Federal
Dia 03 de março*
(quarta-feira)
Quem comparece, decide!
Horários
Nova Iguaçu 10:30h
Porto 10:30h
Aeroporto 10:30h
Auditório da DS 14:30h
*Em Ipanema a AN será no dia 04, às 10:30h