Versão
PDF
Institucional Legislação
       
     
 

Informe
UNAFISCO SINDICAL
Rio de Janeiro

Boletim n° 167                                                 Rio de Janeiro, 14 de abril de 2004


Hoje, 14/04, é dia de greve

A Assembléia Nacional dos AFRF no Rio de Janeiro rejeitou com 95% dos votos — apenas dois contrários e 15 abstenções — a proposta oferecida pelo governo federal e ratificou a paralisação desta semana, que começou ontem e vai até o dia 16. O resultado depende da tabulação em nível nacional, mas, enquanto isso, fica valendo a decisão tomada no dia 1º de abril. Ou seja, hoje é dia de greve.

Os AFRF cariocas que compareceram à assembléia demonstraram-se indignados com a mais recente proposta do governo, que chegou na madrugada de ontem. Após a concessão de dez dias de prazo, não houve avanço em nenhum dos itens da pauta de reivindicações e, no que concerne à Gratificação de Incremento à Arrecadação, houve retrocesso. Anteriormente, o governo oferecia de 0% a 30% sobre o maior vencimento do cargo mais a GDAT. Agora, os percentuais variam de 0% a 45%, no entanto incidindo apenas sobre o vencimento básico, o que na prática significaria um reajuste ainda menor. O governo também não aceita a manutenção da paridade, acenando com um percentual máximo de 30% sobre o que for concedido aos da ativa.

Outro ponto que emperra a negociação é a insistência do governo em não revelar o conteúdo do chamado projeto de “fortalecimento da SRF”.

Governo encaminha Projeto de Lei ao Congresso Nacional com a reestruturação da remuneração das carreiras da SRF

Na tarde de ontem, antes mesmo da assembléia, foi verificado que o governo federal encaminhara projeto de lei com a reestruturação da remuneração das carreiras da SRF. Até o fechamento desta edição, o conteúdo era ignorado. No entanto, causa estranheza que, ainda no período de negociação — o projeto foi encaminhado na véspera para publicação no Diário Oficial de ontem —, o governo tome esta iniciativa sem dar ciência à outra parte. Para a DS/RJ, a tentativa de criar um fato consumado pode acirrar ainda mais os ânimos na categoria.

Mobilização fará a diferença

Até o momento, a categoria estava com a atenção voltada para as negociações com o governo, que chegaram a um impasse. A intransigência do governo está nos empurrando para a greve. A paralisação decidida na semana passada e, ao que tudo indica, ratificada hoje, é o que poderá demover o governo de suas posições. Para isso, os AFRF precisam aderir à paralisação com força total. Quanto maior a intensidade do movimento, maiores são as chances de que o governo evolua em relação a sua proposta original.

A DS/RJ convoca os AFRF a participarem das reuniões nos locais de trabalho para organizar visitas aos administradores.