Comando de Mobilização do Rio é
recebido
na reunião dos administradores da SRF
Cerca de 60 AFRF, ativos e aposentados, representando
quase todas as unidades da Receita Federal no Rio de Janeiro e Niterói,
estiveram na manhã de ontem no hotel onde estava sendo realizada
a reunião dos administradores da SRF. Pela administração,
estavam presentes o secretário-adjunto da SRF, Paulo Ricardo
de Souza Cardoso, os coordenadores das unidades centrais e os superintendentes
das 10 Regiões Fiscais.
Foi negociada a formação de uma comissão
de cinco pessoas encabeçada pelo presidente da DS/RJ, Alexandre
Teixeira para a entrega de uma carta aberta aos administradores. Após
a leitura da carta, o presidente da DS/RJ fez considerações
sobre a paridade e reajuste salarial.
O objetivo foi plenamente alcançado, pois os colegas
administradores tiveram a oportunidade de conhecer os motivos pelos
quais a categoria discorda da proposta apresentada pelo governo aos
AFRF.
Ao longo da tarde, o mesmo documento foi entregue aos
delegados da DERAT, DEFIC e DEINF, com a presença de colegas
lotados naquelas unidades. Esta atividade terá continuidade nos
próximos dias.
Através desses atos, esperamos que os administradores
tenham se sensibilizado e encampem as reivindicações da
categoria. A carta aberta aos administradores encontra-se no verso.
DS/RJ E COMANDO DE MOBILIZAÇÃO ORGANIZAM PARALISAÇÃO
NO RIO
A semana passada foi de intensas atividades para que as
paralisações, ainda parciais no Rio de Janeiro, reflitam
o expressivo resultado da última assembléia mais
de 400 AFRF compareceram , quando foi rejeitada a proposta do
governo por 95% dos presentes e, com mais de 80% dos votos, foram mantidas
as paralisações: 96h, entre os dias 13 e 16 de abril e
entre 19 e 22 de abril.
A diretoria da DS/RJ e o Comando de Mobilização,
que voltou a se articular, percorreram os setores de trabalho no Aeroporto,
Ministério da Fazenda e Porto. O objetivo é conscientizar
os colegas da necessidade do engajamento de todos, formar Comandos de
Greve nas diversas unidades, ampliar o próprio Comando de Mobilização
e preparar atos e caravanas internas de apoio à área aduaneira.
Além disso, estão sendo agendadas reuniões
com parlamentares e com os representantes sindicais dos Agentes da Polícia
Federal e dos Procuradores da Fazenda Nacional, categorias que também
estão em greve.
CARTA AOS ADMINISTRADORES DA SRF
Os Auditores-Fiscais da Receita Federal, representados
pelo Unafisco Sindical, tentaram exaustivamente o caminho da negociação
como forma de alcançar o atendimento das suas reivindicações.
Entretanto, após sete meses de conversações e depois
de sofrermos com as perdas inflacionárias e com a Reforma da
Previdência, o governo apresenta uma proposta que não contempla
nenhum ponto da nossa pauta reivindicatória e, mais uma vez,
tenta quebrar a paridade, numa demonstração clara de desrespeito
à Constituição e aos Auditores-Fiscais.
" Paridade - esse é um ponto que causa grande
indignação à categoria. Em Assembléia Nacional,
estabelecemos, entre outros, o princípio da manutenção
da paridade para os aposentados e pensionistas. Nada além de
exigir que se cumpra a Constituição Federal, que nem a
Reforma da Previdência, nesse ponto, alterou. E, por mais que
seja absurda qualquer decisão que não reconheça
a paridade, essa questão não pode ser relegada a uma discussão
na esfera jurídica, onde também permeia, principalmente
nas instâncias superiores, a influência política
(as ações judiciais da GDAT não foram julgadas
pelo STF). A quebra de paridade, por outro lado, atinge também
os AFRF ativos, que serão forçados a adiarem constantemente
a futura aposentadoria, pois, para esta, a política geral do
governo tem exigido um longo período para a incorporação
das novas gratificações. Dependendo do desfecho da PEC
paralela, para os atuais ativos a incerta via judicial sequer será
uma alternativa, quando, já aposentados, for instituída
nova gratificação, uma vez que será esta a via
preferencial deste e dos futuros governos, se consentirmos. Por isso
a paridade é um princípio para os AFRF. E de princípio
não se abre mão.
" Reajuste salarial - o governo reduziu este pleito
à criação de uma nova gratificação.
Os AFRF certamente aceitam o desafio de incrementar a arrecadação
mediante o efetivo combate à sonegação, principalmente
se esta ação alcançar os setores que hoje não
participam do financiamento do Estado na proporção da
sua capacidade contributiva. Entretanto, reivindicamos um efetivo reajuste
da nossa remuneração, defasada pelas perdas inflacionárias.
A criação da GIA, totalmente condicionada à avaliação
individual e a acréscimos na arrecadação, não
garante um reajuste salarial. Dependendo dos critérios, que não
estão estabelecidos, o ganho efetivo pode ser reduzido a 20%,
10% ou até menos. Enquanto isso, para os TRF, integrantes da
mesma carreira, é concedido reajuste de 10% no vencimento-básico,
extensivo aos aposentados e pensionistas e sobre os quais incidem todas
as vantagens.
A proposta do governo também não resolve
problema do fosso salarial, que inclui a discussão do aviltamento
do salário de ingresso, e passa ao largo do Plano de Carreira.
Além disso, o conteúdo da reestruturação
da SRF é totalmente desconhecido dos servidores.
Quanto vale para o governo o trabalho dos AFRF, que garante a arrecadação
do Estado? Por que o tratamento diferenciado, que discrimina e desvaloriza
o nosso trabalho?
Conclamamos os colegas administradores a refletirem sobre os danos à
Instituição SRF, à Administração
e aos Auditores-Fiscais embutidos na proposta encaminhada pelo governo.
DELEGACIA SINDICAL DO RIO DE JANEIRO
A entrega deste documento foi uma deliberação da Assembléia
Nacional do dia 13 de abril de 2004, realizada no Rio de Janeiro