DS/RJ REPUDIA NOVO ATAQUE AOS SUPERINTENDENTES

A Auditora-Fiscal Lina Maria Vieira foi a primeira mulher no comando da Receita Federal do Brasil . F irme e arrojada, dirigiu o órgão sem aceitar ingerência do poder econômico ou político e mudou o foco da fiscalização em direção aos grandes contribuintes. Incomodou muita gente!

Desde os primeiros dias no cargo, Lina Vieira viu a grande mídia servir de instrumento a forças internas da Receita Federal, preteridas na nova administração ou as externas órfãs de antigos privilégios, que tentavam desestabilizar sua gestão. Não foram poucas as intrigas repassadas à imprensa , escondidas sob o manto de “fontes da Receita Federal”. Quem eram essas fontes e a que interesses serviam? Certamente, não ao interesse público.

Definida a saída da Secretária, coube aos superintendentes das 10 Regiões Fiscais a defesa da instituição contra a nomeação de novo administrador que viesse a “controlar” a casa - na versão alardeada pela mesma imprensa – e que não desse seqüência ao projeto de Receita Federal republicana, impessoal, fundada nos princípios de capacidade contributiva e de justiça fiscal, vislumbrado pela categoria e liderado pela secretária

Lamentavelmente, apesar de, na manhã do próprio dia 15/07/2009, os dez superintendentes terem rechaçado — por meio de notes a todos os servidores da Receita Federal — o boato de que teriam discriminado parte do corpo funcional, parte da diretoria do SINFIFISP-RJ toma como verdade absoluta a notícia de “O GLOBO”, sem qualquer contato prévio e ignorando totalmente a já divulgada nota de esclarecimento, desfecha ATAQUE contra a administração da Receita Federal em boletim intitulado “ MUDANÇA NA RECEITA : AUDITORES EGRESSOS DA PREVIDÊNCIA NÃO ACEITAM VETO NA SUBSTITUIÇÃO DE LINA VIEIRA !.”

Não menos VIOLENTA e INOPORTUNA é a tentativa de desqualificar lideranças sindicais do Unafisco. O boletim do SINDIFISP-RJ acabou atingindo todos os então Auditores-Fiscais da Receita Federal, visto que, à época, reunidos em Assembleia Nacional , se posicionaram contrários àquele projeto de fusão dos fiscos e traçaram a estratégia a seguir.

Inadmissível é agora apostar na divisão e remoer o passado. Principalmente, porque essas mesmas lideranças que idealizaram o boletim do SINDIFISP-RJ se postaram contrários à união dos fiscos, tendo que rever sua posição em razão da pressão da base. Além disso, o episódio macula uma trajetória de respeito mútuo que vinha sendo construída pelas sucessivas diretorias do SINDIFISP-RJ e DS/RJ há quase uma década, mesmo quando pontualmente havia divergência sobre este ou aquele posicionamento. Rogamos para que o clima amistoso volte a reinar, principalmente nessa conjuntura de ameaça à autonomia e à independência da Receita Federal.

A Diretoria da Delegacia Sindical do Rio de Janeiro conclama a categoria à unidade e a rechaçar qualquer tentativa de divisionismo ou revanchismo, que se levada a curso trará conseqüências imprevisíveis ao próprio ambiente de trabalho e atentará contra o engrandecimento da Receita Federal do Brasil.

Diretoria do Unafisco Sindical no Rio de Janeiro