Auditores do Rio de Janeiro votam
pela interrupção da greve
Paralisações e caravanas impediram
agressões à categoria
Há muito, o governo tenta
aprovar no Congresso Nacional medidas que permitam a terceiros exercer
funções que hoje são privativas dos Auditores-Fiscais.
A disputa vem desde 1999, quando o governo editou a Medida Provisória
1.915. A MP entrou o ano de 2002 como MP 2.175/29 e teria validade eterna
enquanto dormisse no rol das MPs que tramitavam no rito antigo. Os Auditores-Fiscais,
junto com outras categorias, trabalhou junto ao relator Roberto Pessoa
(PFL/CE) e construiu um relatório favorável e, na força
de sua mobilização, conseguiu colocar a matéria na
pauta do Congresso Nacional e iniciar a votação. Esta vitória
obrigou o governo a editar a Medida Provisória 46/02 para evitar
que o PLV 15/02 fosse aprovado. A nova MP tramita no rito novo e, uma
vez expirado o prazo regimental de votação, ela perde validade.
O prazo para a MP 46/02 é 25 de novembro.
Enquanto nos debatíamos
contra a 2.175/29, que virou 46/02, o governo baixou outra Medida Provisória,
em maio. A MP 38/02, em seu artigo 28, abre a possibilidade de terceirização
da verificação física de mercadorias. A paralisação
e as caravanas a Brasília, através do Trabalho Parlamentar,
alertaram aos deputados que, no meio de tantas outras medidas, estava
lá a armadilha criada pelo Secretário da Receita Federal
para terceirizar parte dos procedimentos fiscais.
Na semana passada,
os AFRF impediram um acordo que aprovaria a redação original
da MP, empurrando a decisão para outubro. O prazo regimental para
a MP 38/02 expirar é o dia 12 daquele mês, apenas uma semana
após o primeiro turno das eleições. Ou seja, o governo
terá que, em poucos dias, entrar em acordo sobre a matéria
e votá-la nas duas casas do Congresso, sob pena dela perder a eficácia.
E, segundo o PFL, PDT e PT, sem acordo sobre as atribuições
dos AFRF não há o que negociar.
Durante as reuniões
com os líderes da Câmara visando à votação
da matéria, surgiu a possibilidade de ir a plenário sem
acordo, com os partidos apresentando destaques para cada emenda. Sabendo
que ia ser derrotado, como já havia acontecido na leitura do relatório
da MP 2.175/29, o governo, mais uma vez, fugiu da briga, não aceitando
o embate democrático. Isto não é vitória?
A interrupção
da paralisação encaminhada pela Plenária do dia 29/08
foi amplamente discutida. Alguns colegas preferiam que a categoria partisse
para o enfrentamento direto com o governo, mas era minoritário.
Pesou muito o argumento de que, objetivamente, não havia sentido
prático na manu-tenção das paralisações
daqui até a próxima convocação do Congresso
Nacional.
Mas, ainda temos
quatro meses pela frente e não podemos relaxar nem um segundo,
por isso a mobilização continua mesmo sem paralisação.
Continuamos em Assembléia Permanente, podendo retomar as paralisações,
se for preciso, quando as votações recomeçarem. Enquanto
isso, o desafio é desmascarar as Instruções Normativas
191 e 193, que são também altamente nocivas à Receita
Federal. Vamos elaborar dossiês, sensibilizar setores estratégicos
e denunciar o desmonte da fiscalização pretendido pela atual
administração.
Depois de passar
os últimos quatro anos rebatendo os atos contrários aos
interesses do país e da categoria, aproxima-se o fim da gestão
do atual secretário e vemos que ele não conseguiu o que
pretendia: transformar a Receita em uma empresa privada de cobrança
de dívidas e impostos. Isto é uma vitória.
Poucas categorias
conseguiriam resistir de cabeça erguida, sem transigir um só
instante em seus princípios, a um ataque tão intenso e feroz
como o que estamos enfrentando no atual governo. Vamos continuar mobilizados
até o seu suspiro final, em dezembro próximo.
Quando o próximo
governo assumir, nós estaremos aqui. Ele, não.
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Unafisco/RJ inaugura hoje
Comitê do Movimento de Combate
à Corrupção Eleitoral Lei 9840
Começa a funcionar a partir
de hoje, terça-feira, o Comitê/RJ do Movimento de Combate
à Corrupção Eleitoral. A inauguração
oficial será no Auditório do Unafisco Sindical/RJ, às
11:00h, com um debate entre a Juíza Federal Salete Maccalóz
e o ex-presidente do Instituto dos Advogados do Brasil, o advogado Marcelo
Cerqueira.
O Movimento de Combate
à Corrupção Eleitoral foi criado pelas entidades
e movimentos que patrocinaram, em 1998 e 1999, a Iniciativa Popular de
Lei contra a corrupção eleitoral, que resultou na Lei 9840/99,
e visa à plena aplicação dessa lei nas próximas
eleições. Este ano o lema é "Voto não
tem preço, tem conseqüências".
As denúncias
podem ser encaminhadas para o Comitê no Rio de Janeiro através
do telefone (21) 2524.6953 e do email votolegal@unafisco-rj.org.br
Integram o Comitê
no Rio de Janeiro a Comissão Brasileira Justiça e Paz, da
CNBB, o Fórum Social Mundial Comitê Rio de Janeiro e o Fórum
Fisco/RJ, do qual participa o Unafisco Sindical/RJ.
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Reunião sobre GDAT
é hoje, às 14:00h
Um grupo de associados elaborou
um estudo detalhado visando subsidiar providências para tentar acelerar
a apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF) do direito
à GDAT integral para os aposentados, na forma prevista em lei.
Os colegas farão
a apresentação do trabalho e em seguida haverá debate
sobre o tema. O estudo está disponibilizado na íntegra no
site do Unafisco Sindical/RJ: www.unafisco-rj.org.br.
A DS/RJ espera um
grande comparecimento dos Auditores, ativos e aposentados, visto que o
tema é complexo e merece toda a atenção. Naturalmente,
quanto maior o número de presentes, maiores são as chances
de êxito da iniciativa.
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Encontros Políticos na DS/RJ
O Unafisco Sindical/RJ prossegue
com a série Encontros Políticos recebendo nesta quinta-feira,
dia 05 de setembro, em seu Auditório do 7º andar, no Centro
do Rio, a candidata a deputada federal pelo PSDB, Denise Frossard. A juíza
ficou mais conhecida após ter sentenciado a cúpula do jogo
do bicho em 1993, levando boa parte para a cadeia.
Aposentada desde
1998, a juíza vem se dedicando a proferir palestras por todo o
Brasil e no exterior apresentando uma proposta inovadora e polêmica
de solução para a elevada criminalidade.
Denise Frossard também
integra a Organização Transparência Brasil, dedicada
ao estudo e pesquisa da corrupção enquanto fenômeno
econômico.
Os encontros têm
por objetivo a aproximação com parlamentares da atual legislatura
e com possíveis integrantes da Alerj e do Congresso Nacional a
partir de 2003, além de contribuir para dar visibilidade às
propostas dos candidatos às eleições proporcionais.
"Corrupção
enquanto fenômeno econômico"
Com Denise Frossard
Dia 05/09, quinta-feira, às 16:00h
Local: Auditório da DS/RJ
Rua Debret, 23, 7º andar Centro/RJ
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