PARALISAÇÃO CONTINUA
HOJE, ÀS 16:00H
PASSEATA CONTRA A REFORMA DA
PREVIDÊNCIA - CANDELÁRIA ATÉ CINELÂNDIA
ATO PÚBLICO COM A
PRESENÇA DE PARLAMENTARES
CONCENTRAÇÃO DOS AFRF ÀS
15:45H NA ESCADARIA
DO MINISTÉRIO DA FAZENDA, NA RUA DEBRET
COMPAREÇA!
Seu futuro está em jogo
Maioria dos AFRF aderiu à paralisação
ontem
Hoje adesão deve ser ainda maior
Os Auditores-Fiscais da Receita Federal,
mais uma vez, devem se destacar nas mobilizações em defesa
da integridade do serviço público e dos direitos dos servidores.
A paralisação por 48 horas, que prossegue hoje, obteve boa
adesão ontem. AFRF informaram que no Aeroporto Internacional do
Rio de Janeiro a paralisação foi bastante forte, misturando
paralisação e operação-padrão. No Porto/RJ
a paralisação também teve grande adesão. A
importação parou e a exportação enfrentou
os problemas que sempre acontecem quando há interrupção:
alta pressão dos exportadores e problemas com colegas de outras
áreas, que insistem colidir com os AFRF, quando deveriam cruzar
os braços junto com os demais servidores. No Ministério
da Fazenda a paralisação foi parcial, com alguns setores
mais engajados que outros.
Passeata e Ato Público
com os parlamentares
Hoje, além da
paralisação, a DS/RJ está convocando todos os AFRF
para participar da passeata contra a Reforma da Previdência. A concentração
será às 15:45h, na escadaria do Ministério da Fazenda,
na Rua Debret. OS AFRF seguirão juntos para a Candelária,
ponto de partida. O deputado federal João Batista "Babá"
confirmou que estará presente. A senadora Heloísa Helena
e deputada Luciana Genro devem confirmar a participação.
Veja no verso:
Paulo Aviz recebe dos AFRF documento
preparado pelo Unafisco sobre Previdência Social
AFRF entregam documento sobre previdência
ao superintendente da 7ª Região
Na manhã de ontem,
cerca de 30 AFRF reuniram-se no hall do 3º andar do MF para discutir
os rumos da Previdência. A atividade fez parte das mobilizações
contra a reforma. Ao final, os AFRF levaram, em ato simbólico,
documento elaborado pelo Unafisco sobre este assunto ao Superintendente
da 7ª Região Fiscal da Receita Federal, Sr. Paulo Aviz, que,
compreendendo a gravidade da situação, abriu sua agenda
para uma reunião que não foi marcada com antecedência.
O gesto serviu para dar ciência à administração
de que as mobilizações dos AFRF devem se intensificar nas
próximas semanas, caso o governo federal insista nas propostas
apresentadas ao Congresso Nacional.
Imprensa publica denúncias antigas
como novas e denigre profissionais
O assunto vem mobilizando
os AFRF desde domingo, quando o Jornal do Brasil publicou matéria
sobre desvio de cargas no Aeroporto Internacional do Galeão. Tratado
como novo escândalo no âmbito da Receita Federal, o caso,
na verdade, foi denunciado em 1996 e todos os procedimentos de investigação
internos foram seguidos, sem que se houvesse comprovado a responsabilidade
dos envolvidos na denúncia. Ainda mais grave, a matéria
dá a entender que a prática é corriqueira no Aeroporto,
como se nenhuma providência tivesse sido tomada para coibi-la. Auditores
da Aeroporto reuniram durante o dia de ontem e elaboraram um manifesto,
que publicado em anexo.
Paulo Aviz responde ao JB
O presidente da DS/RJ, Alexandre
Teixeira, junto com outros colegas, procurou a administração
do Aeroporto para cobrar uma providência e oferecer a possibilidade
de um trabalho conjunto para dar uma pronta resposta às matérias
publicadas no JB no fim de semana e em editorial no dia 13 de maio, 3ª-feira.
Ontem, dia 14/05, o Jornal do Brasil
publicou extensa carta do Sr. Paulo Aviz, superintendente da 7ª Região
Fiscal da Receita, esclarecendo o assunto e refutando as informações
oferecidas pelo jornal aos seus leitores. A DS/RJ registra a satisfação
com a presteza, agilidade e correta exposição dos fatos,
defendendo a categoria de injustiças e insinuações
veiculadas pela imprensa. A imprensa referiu-se ao Aeroporto como "ninho
de corruptos" e aos Auditores-Fiscais como "aves de rapina".
A íntegra da resposta da superintendência está anexada.
A DS/RJ marcará nos próximos
dias uma reunião com os auditores envolvidos para discutir os encaminhamentos
a serem providenciados. Juntamente com a DEN, através de sua assessoria
de imprensa, a DS/RJ entrou em contato na manhã de ontem, com jornalistas
do JB e de outros veículos para publicar a posição
do sindicato sobre a questão.
A Carta do Superintendente
O Jornal do Brasil recebeu do senhor
Paulo Aviz de Souza Freitas, superintendente da 7ª Regional Fiscal
da Receita Federal, os seguintes esclarecimentos:
Ilmo. Sr. Redator-Chefe
do Jornal do Brasil, Em face das recentes reportagens publicadas por esse
Respeitável Jornal nos dias 11 e 13 do mês em curso, sob
o tema Auditores desviam carga de aeroporto, e
Escândalo novo, nas quais são citadas
autoridades e servidores da Alfândega do Aeroporto Internacional
do Rio de Janeiro, venho, com o devido respeito, e certo de que esse conceituado
vespertino está sempre na busca da verdade, expor os verdadeiros
fatos relacionados ao assunto, a saber.
A Alfândega do Aeroporto Internacional
do Rio de Janeiro instaurou em 8 de novembro de 1996 Processo Disciplinar
de Sindicância objetivando apurar possíveis envolvimentos
de servidores em operações de trânsito aduaneiro partindo
desse Aeroporto, considerando ter a Polícia Federal apreendido
um veículo (caminhão de placa OK-8598) transportando, sem
a respectiva documentação legal, material eletrônico
de procedência estrangeira, o que deu origem ao IPL 297/96. Pelos
dados apurados, a Alfândega do Aeroporto transformou o Processo
de Sindicância em Processo Disciplinar de Inquérito, isto
em 28/02/1997, passando a investigar todos os servidores que trabalhavam
nos setores que poderiam possivelmente liberar a carga sob questão,
nos dias e horários sob suspeita.
O desenvolvimento dos trabalhos e
a sua evolução, na época, foram comunicados à
Procuradoria da República no Rio de Janeiro, isto, inicialmente,
em novembro de 1998, e com a necessária freqüência atualizou-se
a Procuradoria quanto a evolução dos trabalhos do Inquérito,
inclusive encaminhando-se em 24/02/2000 ao Ministério Público
Federal cópia do encerramento da instrução e indiciamento
dos acusados.
Não é verdade, portanto,
que sejam fatos novos os publicados nas reportagens citadas, eis que esses
assuntos já foram exaustivamente apurados no âmbito da Secretaria
da Receita Federal.
Com o devido respeito, permita-me
afirmar que também não é verdade que os fatos investigados
a partir de 1996 continuem ocorrendo no Aeroporto, visto que toda a sistemática
de trânsito aduaneiro foi modernizada e informatizada, como também
não é verdade que qualquer servidor da área de Inteligência
da Receita Federal tenha sido conectado por este Jornal para que se manifestasse
a respeito do assunto tratado nesta matéria jornalística.
Diferentemente do publicado, a situação
mudou e muito, melhorando consideravelmente a segurança aduaneira
no Aeroporto. Permita-me também protestar contra a alegação
de corporativismo dentro da Secretaria da Receita Federal, eis que a Corregedoria
Geral da Receita Federal atua de forma totalmente independente, o Corregedor
é nomeado com mandato de 3 anos para evitar quaisquer possíveis
influências, e os procedimentos administrativos são elaborados
de maneira totalmente isenta e transparente, com o encaminhamento dos
seus resultados às autoridades superiores, inclusive, quando é
o caso, com representação à Procuradoria da República.
Ainda que algum servidor possa ser
condenado no Processo que tramita na Justiça Federal , não
se pode qualificar os integrantes de uma categoria respeitável
como a dos Auditores Fiscais da Receita Federal como aves
de rapina, e o Aeroporto como ninho de corruptos.
Na forma como a matéria foi
desenvolvida o leitor é induzido a acreditar que parte da violência
que hoje sofre a população do Rio de Janeiro é decorrente
da má conduta de Auditores da Receita Federal, quando na realidade
a Alfândega do Aeroporto desconhece qualquer ocorrência de
apreensão de armas ou munição que tenham sido irregularmente
introduzidas no país através deste Aeroporto.
JB 14.05.2003
O Manifesto dos Auditores
Sr. Presidente da UNAFISCO,
É com grande indignação
e tristeza que temos visto a campanha difamatória promovida pelo
Jornal do Brasil contra os funcionários desta Alfândega.
Consideramos que termos como "quadrilha
de fiscais", "aves de rapina que devem ser abatidas em pleno
vôo" e principalmente "ninho de corruptos" utilizados
na reportagem agridem indistintamente todos os AFRFs lotados nesta URF,
uma vez que são utilizados genericamente.
Não pretendemos de forma alguma
que qualquer pessoa que tenha atuação criminosa, seja como
AFRF, senador da República, jornalista ou no exercício de
qualquer atividade profissional, permaneça impune. Se crime ocorreu,
que se apure e se efetive a punição nos rigores da Lei.
Entretanto, não se pode enlamear a reputação de todas
as pessoas que trabalham no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro
de maneira tão irresponsável. Nossos filhos, em suas escolas,
nossos Pais e Irmãos sofrem juntamente conosco em virtude desta
covarde agressão que propaga uma corrente de humilhação
que deixa cicatrizes profundas e indeléveis em nossos espíritos.
Outrossim, gostaríamos de
registrar a gravidade de uma informação contida no Editorial
publicado no dia 13/05/2003. Ali consta a seguinte informação:
"A Polícia Federal agiu neste caso como pede o figurino da
boa investigação (sic). Os passos e a ação
da quadrilha vinham sendo acompanhados desde 1995 (?!?), quando foram
apreendidos 200 fuzis, 500 pistolas e muita munição".
Tal informação obviamente inverídica tem uma finalidade
que permanece misteriosa. Não acreditamos que nossos colegas da
Polícia Federal deixassem que criminosos atuassem nesse Aeroporto
por 08 (oito) anos consecutivos, "como pede o bom figurino da investigação".
Tal informação somente se explicaria pelo intuito de denegrir,
através de uma aguda ironia, a Polícia Federal; instituição
que, assim como a Secretaria da Receita Federal, têm prestado ao
País relevantes serviços através de seu corpo funcional.
Trabalhando ambas de forma respeitável e honrada.
Reiteramos que não desejamos
nem admitimos qualquer espécie de impunidade, entretanto, tais
acusações levianas e genéricas não podem prosseguir
de modo algum.
Solicitamos que nossa entidade sindical
exija a prestação de esclarecimentos para que o AIRJ não
seja reconhecido como "ninho de corruptos" e as pessoas que
aqui trabalham não se envergonhem de dizer qual o seu local de
trabalho.
O presente manifesto foi aprovado
em reunião realizada pelos AFRFs do AIRJ em 14/05/2003.

|