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Institucional Legislação
       
     
 

Boletim n° 12 - 10/12/2001

Votação do relatório da MP 2.175-29 depende da categoria

        O relator da MP 2.175-29, deputado Roberto Pessoa, incluiu em seu relatório todas as reivindicações da categoria, como a paridade entre ativos e aposentados, fim da avaliação individual de desempenho, GDAT sobre o maior vencimento do cargo, recomposição do salário de ingresso, transposição isonômica com fiscais da Previdência e do Trabalho, fim da possibilidade de o Poder Executivo dispor sobre as nossas atribuições.
       Sem dúvida, foi um trabalho de fôlego o desenvolvido pelo Unafisco, que resultou em um relatório que nos é bastante favorável. Entretanto, o trabalho não termina por aqui. O relatório terá que ser aprovado em plenário para que a MP seja convertida em lei.Sem dúvida, foi um trabalho de fôlego o desenvolvido pelo Unafisco, que resultou em um relatório que nos é bastante favorável. Entretanto, o trabalho não termina por aqui. O relatório terá que ser aprovado em plenário para que a MP seja convertida em lei.
      
Nesse estágio, a força e a união dos AFRF é vital para a vitória final. Devemos mostrar que a conversão em lei da MP, com as emendas aprovadas pelo relatório, é fundamental para nós. Para isso, valem todos os esforços: cartas e e-mails para os congressistas, pressão sobre os deputados e senadores da nossa base, reuniões com representantes do Congresso Nacional.
       De nossa parte, a DS espera contribuir com o apelo à mobilização em torno do assunto, promovendo reuniões com os colegas e com deputados, dando prosseguimento ao nosso ciclo de palestras, nas quais poderemos colocar aos congressistas convidados nosso anseio pela aprovação do relatório. Nesses encontros, será crucial a presença da categoria.

 Secretário desaparece por um dia

       Arrolado como testemunha em inquérito aberto pela Corregedoria da SRF contra o AFRF Édson Pedrosa, ex-chefe do ESCOR Rio de Janeiro, o SRF marcou data, hora e local para o depoimento: dia 07/12, 9:00 h, em seu gabinete. Entretanto, à última hora, arrumou uma reunião do Confaz, e mandou informar que não iria ao compromisso. Levaram o bolo, além dos membros da Comissão de Inquérito, um procurador da República, que não engoliu a desfeita e considerou Everardo Maciel foragido da Justiça, ordenando à Polícia Federal a busca do Secretário, que segundo informações, permaneceu escondido na sala do Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, onde ficou até por volta das 17 horas, quando a Justiça Federal lhe concedeu um habeas corpus.
     O lamentável episódio foi uma tentativa do Secretário de tratar a Justiça da mesma forma prepotente com que se acostumou a tratar a nossa categoria.
     Parece que esse governo tem sofrido duras lições no sentido de que não está acima da lei, de que nem tudo pode. Temos conseguido importantes vitórias, no Congresso e na Justiça.
     Fica aqui então o registro - Os AFRF, representados pelo Unafisco, também querem o que o Ministério Público exigiu: respeito.

     DS responde a jornalista de O Globo

     Em sua coluna esportiva da última sexta-feira, o colunista Fernando Calazans perguntou o que faz, ou o que fez esse tempo todo, anos e anos em que o futebol brasileiro foi assaltado, a Receita Federal. Perguntou, ainda, se sonegação fiscal e evasão de divisas não têm nada a ver com a Receita Federal. Por fim, indagou de quantos senadores e quantas CPIs precisa a SRF para executar o trabalho que é dela?
     Em resposta enviada ao colunista, a DS/RJ afirmou que o Rio de Janeiro conta com apenas 260 fiscais para atender a pessoas físicas e jurídicas. Esclareceu que a SRF adota uma política de arrecadação preguiçosa, que não coíbe a sonegação, preferindo fazer caixa com os recursos do trabalhador assalariado.
     Não podemos admitir que a opinião pública confunda a equivocada política tributária do governo com o papel dos auditores-fiscais. Daí a necessidade da resposta, cuja íntegra encontra-se abaixo.

Resumo da Coluna de Calazans
(...)
É preciso que o Ministério Público e a Justiça façam, por exemplo, o que não fazem - ou, pelo menos, não fizeram na área do futebol - a Receita Federal e o Banco Central.
Eis outras perguntas que continua martelando nossas cabeças: o que fazem, ou o que fizeram esse tempo todo, anos e anos em que o futebol brasileiro foi assaltado, aquelas duas instituições governamentais? Será que sonegação fiscal e evasão de divisas não têm nada a ver com a Receita Federal e com o Banco Central? Será que precisam de quantos senadores e quantas CPIs para executar o trabalho que é deles, do Banco e da Receita?
Precisamos saber urgentemente o que fazem a Receita Federal e o Banco Central que não viram a roubalheira de tantos anos.

Resposta da DS
Prezado Sr. FernandoCalazans

A respeito de sua coluna de hoje (7112101) gostaria de registrar:
Durante os anos e anos referidos em sua coluna, enquanto o esporte brasileiro era assaltado, a Secretaria da Receita Federal vinha sendo desmontada. A fiscalização, que deveria detectar a sonegação fiscal nada esportiva no futebol brasileiro, encontra se hoje, só para dar um exemplo, reduzida a 260 fiscais para atuar em todo o Rio de Janeiro (pessoas físicas e jurídicas), tendo que, além da fiscalização normal, atender às demandas provocadas por CPIs e pelo Ministério Público.
Chegamos a essa situação porque a Receita Federal fez uma clara opção por proteger o grande capital, especialmente o financeiro, adotando uma política de arrecadação preguiçosa, que não busca coibir a sonegação, preferindo fazer caixa fácil com os recursos do trabalhador assalariado, via o desconto do Imposto de Renda na fonte, do qual ele não pode escapar. Daí a resistência do governo, que todos assistimos, em querer reajustar a tabela do IR.
Não é só ao futebol que a falta de fiscalização traz enormes prejuízos. 0 custo disso sofre toda a sociedade brasileira.