Boletim
n° 21 - 12/03/2002
DS se reúne com deputado
O presidente da DS/RJ,
Alexandre Teixeira e a diretora do departamento jurídico, Ana Mary,
estiveram ontem no escritório do deputado federal Roberto Jefferson
(PTB/RJ), acompanhados de representantes dos Fiscais do Trabalho e da
Previdência e dos Peritos Médicos da Previdência. Acompanhou
o grupo um Fiscal da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, representando
o Fórum Fisco.
O deputado é o único
representante do Rio de Janeiro na comissão mista incumbida de
emitir parecer sobre a MP 2175-29/01.
Os representantes sindicais explicaram
as modificações introduzidas pelo parecer do relator da
matéria, deputado Roberto Pessoa (PFL/CE), e expuseram o interesse
das categorias envolvidas pela aprovação do relatório.
O deputado afirmou estar afinado com
o relator, tendo se mostrado interessado em saber como estava o encaminhamento
das negociações com os outros partidos políticos.
Disse, ainda, que também seria interessante as categorias manterem
pessoas em Brasília para realizar o trabalho parlamentar dentro
do Congresso.
A DS/RJ está agendando reuniões
para tratar do assunto com os deputados federais da bancada do Rio de
Janeiro no Congresso.
Longe do xilindró
A revista Veja publicou
uma matéria com o título acima. Extraímos dela algumas
informações:
Para o procurador gaúcho Luciano
Feldens "ao botar na balança o custo-benefício de deixar
de pagar impostos no Brasil, tem-se a certeza de que vale a pena não
pagar. As leis brasileiras estimulam a sonegação. O risco
de ser processado é pequeno. E o de ser preso é quase nulo."
Segundo a revista, há algumas
medidas polêmicas em vigor que também estimulam o mau recolhedor
de impostos. Primeiro, o direito de se livrar do processo criminal por
meio da quitação da dívida. É como se o sujeito
que furta um carro e o devolve depois não merecesse ser processado.
"Isso faz com que o sonegador vá até o limite",
afirma o procurador paulista Mario Bonsaglia. "Se o pegarem, ele
paga e aí se apaga tudo o que foi feito até então.
Se não o pegarem, ele vai sonegando. O Estado faz papel de bobo."
De acordo com a Veja, a lei que criou
o Programa de Recuperação Fiscal (Refis) também conforta
os sonegadores. O programa produz aberrações notáveis.
Um dos casos mais impressionantes de que se tem notícia é
o da Academia de Tênis, em Brasília. Há dois anos,
o Fisco multou o clube em 6 milhões de reais. Por estar no Refis,
a empresa ganhou o direito de refinanciar a dívida em suaves prestações.
Foi estipulada uma parcela mensal de 300 reais, a ser quitada dentro de
1.666 anos. "Eu fico imaginando a cara do dono da empresa sonegadora.
Ele deve rir muito dessa situação", afirma o procurador
Luciano Feldens.
Pelo projeto de reforma tributária,
que tramita há sete anos no Congresso, fica definitivamente proibida
a abertura de processo criminal contra sonegadores de impostos enquanto
não estiver concluído o processo administrativo - o que
pode durar até dez anos. Isso significa que, enquanto o Executivo
não tiver chegado a uma conclusão, os procuradores da República
ficam de mãos atadas.
A matéria seria até
engraçada, pelo non sense, se não tratasse de assunto muito
sério.
Instalada subcomissão para tratar
de reajuste de servidores
A Comissão Mista
de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização,
presidida pelo senador Carlos Bezerra (PMDB-MT), reúne-se hoje
para instalar subcomissão destinada a realizar estudos técnicos
para estudar a viabilidade de conceder reajuste salarial aos servidores
públicos federais ainda este ano.

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