Boletim
n° 37 - 17/05/2002
Assembléia Nacional aprova
indicativos para a próxima semana
A Assembléia
Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal realizada ontem, no
Rio de Janeiro, aprovou os seguintes indicativos: continuação
das mobilizações, paralisação por 72 horas
nos dias 21, 22 e 23 de maio e paralisação por tempo indeterminado
a partir do dia 24, no caso do relatório do Projeto de Conversão
em Lei da MP 2.175/29 não ter sido votado e aprovado até
aquela data.
Houve bom comparecimento, levando-se
também em conta que parte dos colegas que estão mais mobilizados
ainda não voltaram de Brasília. A boa novidade foi a maior
presença na assembléia do Porto, que obteve a maior participação
desde o início do movimento. A disposição dos colegas
é de prosseguir com as paralisações e a operação-padrão
até a aprovação do relatório. Também
foram positivas as respostas no Aeroporto, na DRF de Nova Iguaçu
e no próprio Ministério. Apenas na DRJ II a votação
não acompanhou o resultado das demais assembléias.
O indicativo de mobilizar novamente
os Auditores-Fiscais para ir ao Congresso Nacional foi aprovado por unanimidade.
Seguindo a estratégia de pressionar os parlamentares - decisão
exaltada por todos os deputados presentes ao Ato Público em Brasília
-, vamos lotar os corredores do Congresso Nacional com Auditores-Fiscais
na próxima semana. Nossa meta é ter ainda mais colegas do
que nas outras vezes. Procurem a DS/RJ e façam a inscrição.
As demais categorias também devem repetir a Caravana.
Novos rostos, força renovada
Dois jovens colegas foram ao microfone
ontem e declararam ser a primeira vez que falavam em uma assembléia.
Não é por coincidência. Os dois foram a Brasília
e voltaram encantados com o nível de organização
do Trabalho Parlamentar e visivelmente emocionados com o Ato Público
no Congresso Nacional. É gratificante ver novos colegas chegando
para trabalhar pela categoria. Registre-se também a presença
marcante dos aposentados mobilizados.
Notícias de Brasília:
o governo é radical
A reunião entre todas as categorias
envolvidas na MP, o governo e as lideranças do Congresso não
acabou bem. O vice-líder do governo na Câmara, Dep. Ricardo
Barros (PPB/PR), mostra-se irredutível em seu propósito
de somente colocar em votação a MP original. A intransigência
do deputado irritou a Dep. Laura Carneiro, do PFL, que protestou com veemência.
O PT retirou-se da reunião e o PDT prometeu trancar a pauta de
votações na Câmara e no Senado, caso a situação
não evolua de outra maneira. O Dep. Ricardo Barros declarou que
o governo não tem pressa de votar o relatório, mas que "poderiam
ser apresentadas emendas ao projeto original em plenário".
As entidades não aceitaram esta proposta e nova reunião
foi marcada por ele para a próxima terça-feira, às
17:00h, na tentativa de resolver o impasse.
Alguns de nossos colegas manifestaram
preocupação com uma possível radicalização
de nossas mobilizações, partindo para uma paralisação
por tempo indeterminado. A questão é que enfrentamos adversário
muito radical: o governo federal, que se recusa a negociar e prefere a
queda de braço, principalmente em relação às
causas dos servidores. E também não é novidade que
as armas nem sempre são as eticamente mais aceitáveis. Temos
aliados em todos os setores do Congresso Nacional, a maioria dos partidos
é favorável à votação e o governo,
numa atitude anti-democrática e radical, finca o pé e tenta
impedir a votação. Apesar de tudo, acreditamos que as divergências
serão superadas e o relatório da nossa MP tem muita chance
de ser votado no próximo dia 23.
Para uma matéria ir à
votação no Congresso Nacional tem que haver consenso entre
os líderes, exceto quando o presidente da Câmara ou do Senado
banca uma matéria, o que não é praxe. Neste nosso
caso, todos os partidos querem votar, mas o governo não deixa a
matéria tramitar. Alguns partidos aliados ameaçam usar o
mesmo expediente. Vão trancar a pauta, impedindo a votação
de matérias importantes para o governo, como a LDO. Enquanto durar
o impasse, fazemos o nosso papel: paralisação total e manifestações
no Congresso para sustentar e fortalecer os parlamentares que querem a
votação. Caso contrário, nós os deixaríamos
sem condições políticas de trabalhar pela MP.
Por isso, cada auditor, mesmo os que
trabalham nos cantinhos mais invisíveis da Receita, devem cruzar
os braços na próxima semana. No mínimo, em respeito
a estes deputados que dispõem de seu tempo e absorvem o desgaste
de opor-se ao governo em nome da categoria
Sérgio Cabral Filho apóia
o relatório da MP 2.175/29
Ontem à tarde,
o vice-presidente da DS/RJ, Pedro Delarue, junto com colegas do Aeroporto,
fez uma visita ao presidente da Assembléia Legislativa do Estado
do Rio de Janeiro - Alerj, Dep. Sérgio Cabral Filho, para conversar
sobre a MP. Ao final da reunião, após tomar ciência
do que vem acontecendo, Sérgio Cabral comprometeu-se a apoiar a
aprovação do relatório. Segundo os presentes, o deputado
ficou estarrecido com o salário de ingresso na carreira, discordou
dos critérios de avaliação individual e subjetiva,
que considerou ofensiva à necessária independência
dos AFRF, e manifestou-se pela manutenção das funções
de Estado para os Auditores-Fiscais.
O deputado comprometeu-se a assinar
um ofício e encaminhar ao presidente da República, Fernando
Henrique Cardoso, ao presidente da Câmara dos Deputados, Aécio
Neves, ao presidente do Senado Federal, Ramez Tebet, e ao secretário
da Receita Federal, Everardo Maciel, defendendo a imediata votação
do relatório do Deputado Federal Roberto Pessoa.
Sérgio Cabral ainda manifestou interesse em participar de uma assembléia
da nossa categoria. Oportunamente, ele será convidado para estar
conosco.
Trabalho parlamentar no
Rio precisa de reforço
Todos os líderes
de bancada que são do Rio de Janeiro assinaram o ofício
ao presidente do Congresso Nacional, Ramez Tebet, requerendo a convocação
de uma sessão conjunta do Congresso para votar a nossa MP. São
eles: o líder do bloco PDT/PPS, Miro Teixeira, do PTB, Roberto
Jeferson e do PSDB, Artur da Távola.
Mas apenas cinco parlamentares fluminenses
compareceram ao Auditório Nereu Ramos: Laura Carneiro (PFL), Miro
Teixeira (PDT), Jair Bolsonaro (PPB), Vivaldo Barbosa (PDT) e o Senador
Geraldo Cândido (PT).
Hoje, a partir das 10:00h um grupo
de colegas estará reunido na DS/RJ e sairá em campo para
procurar a bancada federal do Rio em suas bases para convencê-los
a se engajar na mobilização. Participe deste trabalho de
mobilização aqui e em Brasília. Todos podem colaborar.
Projeto de Conversão em Lei
da MP 2.175/29
Aprovação já!
AGENDA
Dia 21 de maio, às 14:00h, na
DS/RJ,
Assembléia dos 28,86%

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