Boletim
n° 45 - 11/06/2002
Mobilização continua
Caravana já está em Brasília
Os AFRF de todo o Brasil do
Rio serão mais de 100! - vão a Brasília hoje em caravana
para tentar garantir a conclusão da votação PLV no
15, nova denominação do relatório da MP 2.175/29.
A votação, iniciada na semana passada com a leitura do relatório
do Dep. Roberto Pessoa, tem precedência sobre qualquer pauta da
próxima Sessão do Congresso Nacional. Através da
mobilização e do trabalho parlamentar queremos garantir
que a sessão aconteça o mais rapidamente possível.
O governo continua trabalhando para adiar a votação. Hoje
pela manhã, os auditores já estarão reunidos para
formular a estratégia e organizar os grupos que irão contatar
os deputados e senadores.
Trabalho Parlamentar nos estados será
intensificado
A mobilização no Estado
do Rio de Janeiro garantiu a presença de 63% da bancada fluminense,
uma das maiores em comparação com outros estados, na sessão
conjunta do Congresso Nacional que iniciou a votação do
PLV no 15.
Para ampliar a presença, os
AFRF podem enviar emails a todos os parlamentares - agradecendo a presença
ou convidando os ausentes a comparecer na próxima sessão
e apoiar as nossas reivindicações - , acessando o nosso
site www.unafisco-rj.org.br. Há a opção de enviar
uma mensagem padrão ou formular outra redação. Veja
em anexo a listagem de presença do dia 05/06. Além dos emails,
quem puder deve contatar diretamente os parlamentares nos estados, através
de seus escritórios.
Indústrias procuram
DS/RJ para pedir informações sobre a greve
A DS/RJ recebeu, entre
os dias 05 e 07/06, diversos pedidos de informação de representantes
das indústrias sobre a paralisação dos Auditores-Fiscais
da Receita Federal, dentre eles a FIRJAN e a FIESP. As entidades também
solicitaram análise da possibilidade de flexibilizar a greve, liberando
cargas "diante de perdas irreparáveis para o País".
A DS/RJ, através de seu presidente,
respondeu que a categoria aprovou por unanimidade a continuidade da paralisação
por tempo indeterminado até que a Assembléia Nacional considere
atendidas as reivindicações. A resposta também sugere
que estas entidades procurem o governo, já que é pela intransigência
deste, ao recusar-se a negociar a aprovação do PLV no 15
no Congresso Nacional e obstruir a sua votação, que a paralisação
continua. No documento, a FIRJAN também indaga sobre possíveis
soluções regionais. A DS/RJ respondeu que, sendo a paralisação
em âmbito nacional, não cabe qualquer negociação
neste sentido. No entanto, dispõe-se a uma reunião, a acontecer
na próxima semana, segundo entendimentos futuros.
Veja a íntegra do email da
FIRJAN e a resposta da DS/RJ em anexo.
Porto e Aeroporto :
Assembléia Nacional foi transferida de quinta para
sexta, no mesmo horário
Razão é a mudança
no horário do expediente, devido ao jogo do Brasil contra a Costa
Rica na Copa do Mundo.
NOVA IGUAÇU: Por causa
do FERIADO MUNICIPAL, não haverá assembléia na DRF
/ NIU, por isso, convidamos os sindicalizados daquela unidade para participarem
da Assembléia na sede do Sindicato - Rua Debret, 23 salas 713/717
Centro Rio de Janeiro - Quinta-feira, 13/06/02 às 14:00 h.
Ricardo Barros blefa
em matéria do jornal Valor Econômico
O vice-líder do governo na
Câmara, Ricardo Barros (PPB/PR), declarou ao jornal Valor Econômico
que "os governistas vão evitar a volta do assunto ao plenário",
referindo-se ao PLV no 15, nova denominação do antigo relatório
da MP 2.175/29. Regimentalmente, esta possibilidade não existe,
uma vez que a leitura do relatório, ocorrida na quarta-feira passada,
caracteriza que a votação já está em andamento.
O PLV no 15 é o primeiro item de pauta da próxima sessão
do Congresso Nacional. O governo também terá dificuldades
em protelar a data da sessão por causa da votação
da LDO, que precisa ser concluída até o dia 30 de junho.
A informação de que a aprovação representaria
um impacto de 21% na folha do governo também carece de comprovação,
já que a MP não prevê reajustes salariais para nenhuma
das categorias. "As principais alterações do relatório
em relação à MP original não são de
ordem salarial, afora a recomposição do salário de
ingresso na carreira - rebaixado em 52% na MP original - aos níveis
de 1995", esclarece a carta que a DS/RJ enviou ao jornal. Ao ouvir
apenas uma das partes envolvidas, o Valor Econômico comprou a versão
dos governistas e informou parcialmente os seus leitores. Veja em anexo
a íntegra da matéria, publicada no dia 06/06, e a resposta
da DS/RJ.
A matéria publicada no Valor
Econômico de 06/06/02
Votação da MP do plano de carreira da
Receita é obstruída
De Brasília - O Congresso iniciou ontem a discussão sobre
a medida provisória que altera o plano de carreira dos auditores
fiscais e técnicos da Receita Federal. O governo, no entanto, obstruiu
a votação, conseguindo esvaziar o plenário às
19h10. Os líderes governistas ficaram contra a medida depois que
o relator, deputado Roberto Pessoa (PFL-CE), decidiu modificar o texto
original e ampliar os benefícios para os auditores fiscais da Previdência
Social, os auditores fiscais do Trabalho e para os peritos médicos.
A expectativa é de que a aprovação dessa medida represente
um gasto de pelo menos 21% a mais com a folha de pagamento.
A obstrução do governo, no entanto, enfrentou resistência
da oposição e da própria base aliada. Os representantes
das carreiras citadas na MP conseguiram convencer o presidente da Câmara,
Aécio Neves (PSDB-MG), a solicitar formalmente que o presidente
do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MT), inserisse o assunto na pauta da quarta-feira.
O governo procurou Tebet para evitar a votação. No entanto,
o presidente do Senado mostrou um requerimento de apoio à apreciação
imediata da medida, assinado por líderes de todos os partidos.
Ontem, uma multidão de auditores espalhou-se pelo Congresso. O
vice-líder do governo, Ricardo Barros, disse que os governistas
vão evitar a volta do assunto ao plenário. Tramitam na Câmara
12 projetos que estabelecem a reestruturação de outras carreiras.
Se não forem aprovados até o dia 6 de julho, como manda
a lei eleitoral, não entrarão em vigor neste ano (MM)
A Carta que a DS/RJ enviou em resposta
ao jornal
Original Message From: Pedro Delarue To: cartas@valor.com.br
Sent: Friday, June 07, 2002 7:42 PM Subject: Votação da
MP do plano de carreira da Receita é obstruída
Relativamente à matéria intitulada "Votação
da MP do plano de carreira da Receita é obstruída",
publicada na edição de 06/06/2002, temos os seguintes esclarecimentos
a fazer:
1- Consideramos no mínimo inusitada a informação
de que a aprovação do relatório do Deputado Roberto
Pessoa representará um gasto de pelo menos 21% a mais com a folha
de pagamento, pois há meses as categorias integrantes do relatório
esperam uma definição do governo quanto ao seu impacto financeiro,
informação que até o momento lhes vem sendo sonegada.
Acreditamos, contudo, que a fonte da informação está
bastante equivocada, pois, no caso dos Auditores-Fiscais da Receita Federal,
os mais antigos na carreira sequer terão qualquer reajuste remuneratório.
As principais alterações do relatório em relação
à MP original não são de ordem salarial, afora a
recomposição do salário de ingresso na carreira -
rebaixado em 52% na MP original - aos níveis de 1995.
2- Também não é verdade que o governo tenha conseguido
obstruir a votação do relatório, cuja leitura foi
feita em plenário. Em que pese a existência de todas as condições
para a votação e aprovação do relatório,
o pedido de suspensão da Sessão foi formulado pela liderança
do PT, como forma de dar oportunidade ao governo de abrir negociações
com as categorias envolvidas, algo que o Executivo vem intransigentemente
se negando a fazer, a fim de se consensuar a matéria, evitando
assim a possibilidade de futuros vetos presidenciais.
3- Por último, o início da tramitação da
matéria no Congresso Nacional a coloca como primeiro assunto de
pauta da próxima reunião do Congresso, não cabendo
regimentalmente ao governo evitar a volta do assunto ao plenário.
Atenciosamente,
Pedro Delarue
Vice-presidente do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal
no Rio de Janeiro
A comunicação da FIRJAN
Prezados Senhores,
Tendo em vista a grande apreensão demonstrada pelas industrias
do Estado do Rio de Janeiro em relação à paralização
dos Auditores da Receita, vimos solicitar de V.Sas esclarecimentos a respeito
do referido movimento em termos do Rio de Janeiro, consubstanciados em
:perspectivas; previsão de assembléias para decisão
sobre continuidade do movimento; alcance; possibilidade de liberação
de cargas diante de perdas irreparáveis para o País em função
de quebra de contratos de exportação e definição
de responsabilidades; possíveis alternativas /soluções
regionais, especialmente em relação ao Estado do Rio de
Janeiro etc.
Cordialmente,
CENTRO INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS DO SISTEMA FIRJAN
A resposta da DS/RJ
Prezado senhor:
Em resposta às suas indagações, temos a esclarecer
que ontem foi realizada assembléia no Rio de Janeiro, onde se deliberou,
por unanimidade, pela continuidade de nossa paralisação,
por tempo indeterminado. Embora a decisão final dependa da consolidação
da apuração das votações nos outros estados
do Brasil, nada leva a crer que tal resultado não se repetirá
nas outras localidades. A paralisação deverá continuar
até que o governo concorde com a votação e aprovação
do Projeto de Conversão em Lei da Medida Provisória 2.175-29,
que regula, entre outras, a carreira de fiscalização da
Receita Federal. Apesar de termos realizado diversas paralisações
de advertência, o governo até o momento não se dispôs
sequer a abrir negociação em torno da matéria e vem
tentando obstaculizar sua tramitação no Congresso Nacional.
Tal atitude, infelizmente, levou-nos a, como última forma legítima
de pressão, exercer nosso direito constitucional de greve.
Assim, as eventuais perdas às quais V. Sa. se refere devem ser
creditadas unicamente à conta do governo federal, cuja intransigência
levou à situação atual.
Sugerimos, portanto, que V. Sa. encaminhe ao governo federal um pedido
de esclarecimento quanto à motivação do não
encaminhamento de negociação para aprovação
do supracitado Projeto de Conversão, única forma de encerramento
do movimento grevista.
Quanto ao alcance da paralisação, o movimento é
de âmbito nacional. Em relação à possibilidade
de liberação de cargas, foram constituídas comissões
encarregadas de, nas repartições de zona primária,
decidir quanto à liberação de animais vivos, produtos
perecíveis, inflamáveis, radioativos, explosivos, medicamentos
e assemelhados.
Por oportuno, comunicamos que hoje, dia 07 de junho, foi realizada uma
reunião entre nossos representantes e os de várias empresas,
incluindo importadoras, exportadoras, transportadoras e agenciadoras de
despacho
aduaneiro. Nessa ocasião, concluiu-se pela necessidade de agendamento
de uma reunião entre o UNAFISCO SINDICAL e representantes da FIRJAN,
com a participação das empresas interessadas.
Em virtude da nossa mobilização e da possibilidade de votação,
no Congresso Nacional, da matéria de nosso interesse, na 3ª
ou 4ª feira da semana próxima, solicitamos o agendamento,
se possível, de reunião nos dias 10 ou 11 de junho.
Atenciosamente,
Alexandre Teixeira
Presidente
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