Quarta-feira, 05 de outubro de 2003

O DIA

COLUNA DO SERVIDOR
Teresa Cristina Fayal


Reforma e inativos

A Reforma da Previdência está em fase final de discussão no Senado e a taxação de inativos, que nos dois mandatos de FH emperrou o andamento do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) no Congresso, parece não incomodar mais ninguém. Apenas algumas vozes são ouvidas defendendo a causa dos aposentados e pensionistas. Os senadores da situação, certos de sua força, não subiram na tribuna e o dia foi preenchido por discursos de oposição. O tema dos debates, no entanto, não passou pela taxação de inativos. Nem a senadora Heloísa Helena (PT- AL) defendeu os aposentados. O seu discurso foi inflamado como sempre, mas deste vez ela falou de regras de transição e tempo de aposentadoria. O senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que defende a retirada da taxação de inativos da proposta, criticou o texto da reforma, mas decidiu deixar para as próximas sessões o tom mais duro contra as perdas dos aposentados e pensionistas.


Sindicatos esperam por oposição

Enquanto os senadores da situação ficam esperando a aprovação da reforma, os parlamentares de oposição elaboram emendas desordenadamente. Até a noite de ontem, 200 emendas de plenário já haviam sido apresentadas. O grande número pouco quer dizer. Os próprios senadores admitem que muitas se repetem. Os sindicatos correm para conseguir apoio a algumas emendas. Para derrubar as supressivas, o Governo precisa garantir o voto em plenário de 49 senadores.


Tempo curto para o debate

O senador Paulo Paim, do PT-RS, em discurso ontem no plenário, reclamou da pressa do Governo em votar a reforma até o fim do ano. Segundo ele, é curto o prazo que os senadores têm para discutir e aprovar, em dois turnos, a reforma. Paim também falou que ainda não há acordo sobre as regras de transição.