sabado-feira, 06 de setembro de 2003
O DIA
Coluna do Servido
Teresa Cristina Fayal
Paim prevê emendas
O primeiro vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), prevê
que a Reforma da Previdência, que o Governo esperava aprovar sem
emendas na Casa, deverá receber pelo menos 100 propostas que
alteram o texto vindo da Câmara. O senador garante que não
vai apenas carimbar a proposta de reforma. Paim, sozinho,
já apresentou 13 emendas. A Casa tem que cumprir o seu
papel. O texto final não pode prejudicar, principalmente, os
chamados direitos adquiridos dos servidores públicos, ativos
e inativos. O senador foi o único até agora a defender
os aposentados e pensionistas. É dele a emenda que propõe
a retirada do texto da cobrança previdenciária de 11%
de atuais aposentados e pensionistas. De acordo com a proposta, ficarão
livre da cobrança, à medida que passaram para a inatividade,
os atuais funcionários públicos estatutários.
Greve
A luta dos servidores contra a Reforma da Previdência será
retomada quinta-feira. Vai dar força ao movimento a paralisação
por 24 horas do trabalho dos auditores fiscais em portos e aeroportos.
Vai ser a primeira manifestação de servidores com braços
cruzados desde que o presidente Lula deu um ultimato ao funcionalismo
e ordenou o corte de ponto de quem faltar ao serviço para protestar
contra a reforma.
Rostos e nomes
Enquanto a paralisação não vem, os sindicatos do
funcionalismo vão se concentrar em divulgar listas de deputados
que votaram a favor da reforma. No Rio, o meio escolhido foi colocar
rosto e nomes dos parlamentares em outdoors. Panfletos vão deixar
mais claro para a população os pontos da reforma com os
quais não concordam. Paralelamente, vão orientar a base
a entrar em contato com os senadores para forçar mudanças
no texto da reforma durante a tramitação.
Seis pontos
O movimento pela mudança da Reforma da Previdência vai
defender entre os senadores seis pontos: integralidade e paridade para
os atuais e futuros servidores; fim do redutor das pensões; manutenção
das regras de transição da Reforma da Previdência
do Governo FH; não à taxação de 11% sobre
aposentadorias e pensões; manutenção do Regime
Jurídico Único; e recusa aos fundos de pensão complementares.
