Sexta-feira, 03 de outubro de 2003
O DIA
Nova Reforma Tributária
Senadores anunciam que texto aprovado na Câmara
será modificado
BRASÍLIA - O Senado vai mudar o texto da Reforma
Tributária aprovado na Câmara dos Deputados, segundo anunciaram
os líderes de todos os partidos, após reunião que
também escolheu o senador Romero Jucá (PMDB-RR) relator
da reforma na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ).
Os senadores divulgaram documento com 16 pontos da Reforma Tributária
considerados essenciais. Segundo o documento, serão mantidos
a Desvinculação das Receitas da União (DRU), a
prorrogação da CPMF, o fundo de compensação
aos estados pelas perdas com a desoneração às exportações
e a desoneração de produtos da cesta básica e de
medicamentos.
Os demais pontos serão modificados, a partir de um consenso entre
os senadores. São eles: manter a carga tributária e reduzi-la
aos poucos, no futuro; criar metas de investimento para Norte, Nordeste
e Centro-Oeste, previstas no Orçamento e com recursos do BNDES;
Reduzir alíquotas do ICMS; reduzir a cumulatividade do Cofins;
e criar uma câmara paritária reunindo União, estados
e municípios para formular um plano de recuperação
das estradas, financiado pela Cide (Imposto dos Combustíveis).
Antes da reunião, em almoço na casa do senador Amir Lando
(PMDB-RO), o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) anunciou que o Senado
apresentaria uma proposta inovadora e criativa, mas sintonizada
com os interesses do País.
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse que a nova
proposta acaba com a guerra fiscal entre os estados porque elimina a
transição da cobrança do ICMS da origem para o
destino. E o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, negou que a reforma
vá ser fatiada.
Em Belém, o Fórum Paraense em Defesa da Previdência
Pública espalhou cartazes chamando de traidores o presidente
Lula e os deputados que votaram a favor da Reforma da Previdência.
