terça-feira, 29 de julho de 2003

TRIBUNA DA IMPRENSA

Governo tem até dia 10 para votar reforma da Previdência

BRASÍLIA - O governo terá de se empenhar para fechar um acordo com os líderes aliados e garantir a votação, a partir do dia 5, da reforma da Previdência. O motivo é que, a partir do dia 10 de agosto, quatro medidas provisórias (MPs) começam a trancar a pauta de votações da Câmara. E enquanto essas MPs não forem votadas, o plenário da Câmara não poderá deliberar sobre nenhuma outra matéria. A reforma começa a ser discutida no plenário da Casa quinta-feira.

Ontem, não houve quorum para abrir a sessão da Câmara - 49 deputados passaram pelas portarias da Casa, mas a presença mínima exigida é de 52 deputados. "Gostaríamos que tivesse dado quorum, mas não foi possível", lamentou o vice-líder do governo na Câmara, deputado professor Luizinho (PT-SP). Na sexta-feira também não foi aberta a sessão na Casa por falta de quorum.

Mas a ausência de quorum não atrasa a reforma da Previdência porque, pelo calendário do governo, a votação da emenda está prevista para a primeira semana de agosto. Os petistas ficaram irritados com a não abertura da sessão de ontem da Câmara.

Eles queriam prestar uma homenagem à deputada Francisca Trindade (PT-PI), que morreu domingo, vítima de aneurisma, mas deputados de oposição não deixaram que a sessão fosse aberta. "Foi uma falta de solidariedade e um anti-coleguismo enorme. Nós nunca fizemos isso com ninguém", reclamou Luizinho.