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Editorial
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O
agente de uma nova Receita
O A Gente Fiscal circulou entre janeiro
de 1990 e novembro de 1996. De lá pra cá os colegas do Rio
de Janeiro se ressentiram da falta de uma publicação regular
e mais abrangente.
Agora, a DS/RJ vem suprir essa carência.
Criou um novo Agente Fiscal, que será mensal e onde você
lerá sobre os principais assuntos de interesse dos AFRF. Terá
informações sobre o andamento de ações judiciais,
do nosso trabalho junto a parlamentares e das principais ações
da DS e da DEN na defesa da categoria.
Mais que o cumprimento de uma promessa de
campanha, o Agente Fiscal quer ser um instrumento de conquista do conjunto
da categoria pelo Sindicato.
Da primeira edição do A Gente
Fiscal pra cá, muitas coisas se transformaram no país, na
Receita Federal e na gente. Nós já não somos os mesmos
e, no entanto, somos ainda fiscais, já cumprida a missão
ou ainda por cumprir.
Infelizmente, as alterações
nem sempre foram para melhor. Embora outras perspectivas sejam possíveis,
é difícil não enxergar, com desalento, o crescimento
despudorado do número de pessoas sem perspectivas. De vida ou de
utopia.
Difícil não se constranger
com o status de país com uma das maiores concentrações
de renda do mundo. Impossível não se indignar com a iníqua
justiça social, alavancada por uma abominável injustiça
fiscal.
A despeito das tentativas de fragilização
da nossa condição de servidores da sociedade pelos que procuram
coagir-nos a não reagir, é necessário que nós,
Auditores-Fiscais da Receita Federal, contribuamos para a propositura
de um novo projeto para o país: é inalienável a nossa
obrigação de refundar a SRF, de propor "Uma Receita
para o Brasil".
A Ética deve ser o princípio
e o solo dessa reconstrução. E a que preconizamos não
se restringe à ação sindical ou à ação
profissional do indivíduo. Abrange também as ações
institucionais.
Uma instituição ética,
como tem que ser a SRF, deve interessar-se pelas boas condições
de trabalho, pelo exercício pleno das prerrogativas e atribuições
de seus servidores, pelo reconhecimento dos seus direitos profissionais,
pela transparência, diálogo e participação.
Acima de tudo deve interessar-se pelo bem-estar
da sociedade a que serve, efetivamente cumprindo a sua parte na missão
de distribuir riqueza, através da justiça fiscal.

Mandem
muitas cartas!
Fui convidada para inaugurar
esta seção de cartas e aceitei. Com muita honra, porque
considero uma das mais importantes seções do jornal.
Acho excelente qualquer meio que a DS utilize
para chegar aos filiados. Além desse jornal, que retorna, o recém
inaugurado site e os informativos. Mas, fundamental mesmo, é qualquer
meio que ela invente para ouvir ou repercutir o que cada um de nós
pensa.
Então, AFRF desta cidade maravilhosa,
mandem cartas, muitas cartas! Todos os dias pela manhã, depois
do café, uma carta. Reclamem da DEN, da DS, da última Assembléia,
do chefe, do salário, das condições de trabalho,
da vida. Substituam seus analistas por cartas - são gratuitas!
- para o jornal. E dêem sugestões, de todo tipo. Sérias,
absurdas. Cobrem respostas.
Queridos amigos da diretoria, leiam com
cuidado e publiquem todas as cartas. Façam um jornal só
de cartas, se for preciso. Um livro. Se não der, ponham no site.
Não deixem que se perca nenhuma palavra.
Porque eu tenho ido a Assembléias
vazias. Em cada decisão tomada por voto da maioria presente, sinto
a urgência da resolução desse indefinido relacionamento
entre o sindicato e a categoria, como se não pertencessem um ao
outro.
Sra. Categoria, o sindicato precisa de você. Não o deixe
sozinho. E você precisa dele, eu sei. Ele manda um jornal, um e
mail. Você finge que não liga,
mas lê atenta. Dá um tempo, manda uma carta. Ele te convida
pra alguma coisa, você diz que está ocupada. Assume logo
que não vive sem ele e ocupa o espaço que é seu!
E, Sr. Sindicato, quando ela vier, não faça jogo duro. Atenda
seus desejos. Conquiste a definitivamente.
Estou torcendo por vocês. Por nós.
Andréa Millan
Cartas para esta coluna:
jornalismo@unafisco-rj.org.br

Defesa
individual será feita pelo escritório Bandeira de Melo
Na penúltima assembléia da categoria, em 2001, foi aprovada,
por unanimidade, decisão que altera a forma como vinha sendo conduzida
a assistência jurídica prestada pelo Sindicato aos associados
da DS/RJ.
A partir de agora, as ações judiciais individuais demandadas
pelos associados em decorrência de questões afetas ao cargo,
somente serão conduzidas pelo escritório Bandeira de Melo
e Associados.
ECONOMIZANDO DIVISAS. Até
então, nessas ações, a DS fornecia ajuda financeira
para que cada interessado escolhesse seu advogado. A conduta se justificava
em virtude da situação de emergência em que se encontravam
vários membros da categoria, na ocasião.
Com a posse da nova Diretoria, em agosto último, foi verificado
que tal atendimento vinha se tornando bastante dispendioso, havendo mesmo
a possibilidade de, no futuro, vir a inviabilizar a atuação
da DS em outros campos.
Paralelamente, o Conselho de Delegados Sindicais do Unafisco decidiu renovar
o contrato com o escritório Bandeira de Melo. As mudanças
no escopo do contrato oneraram compulsoriamente a DS, que passará
a pagar, pela sua proporção em relação ao
total de associados do Unafisco, cerca de R$ 3.400,00 mensais.
Esses fatos provocaram reuniões da Diretoria da DS com representantes
do escritório para corrigir as deficiências verificadas,
no passado, no atendimento prestado pela empresa, de forma a torná-lo
eficiente.
NOVO ATENDIMENTO. Ficou acordado
que o atendimento só será feito via DS, tendo o escritório
se comprometido a atender ao interessado em até 48 horas. Exceção
apenas em caso de prisão ou ameaça de prisão em função
do desempenho do cargo. Nesse caso, o associado deverá discar para
0800-118161 (que atende 24 h), para ser disponibilizado o atendimento
imediato.
Em caso de depoimento na Polícia Federal, na Justiça ou
em inquérito administrativo, o atendimento será feito após
o associado procurar a DS com a antecedência indispensável,
ou seja, tão logo notificado.
Serão disponibilizados dois advogados para os associados do Unafisco-RJ,
um criminalista e outro administrativista, além dos advogados baseados
no escritório central, em São Paulo. Caso seja necessário,
em razão de depoimentos concomitantes, o Bandeira de Melo disponibilizará
tantos advogados quantos forem necessários.
Assim, a DS espera cumprir seu dever de prestar assistência jurídica
aos associados, sem onerar excessivamente as demais atribuições
do Sindicato.

Informe
jurídico
GDAT
dos aposentados sai após o recesso
Embora encontre-se na pauta de julgamento
do TRF da 1ª Região desde o ano passado, a ação
judicial em que o Unafisco pede extensão do pagamento da GDAT aos
aposentados e pensionistas só será julgada após o
recesso do Judiciário, em conseqüência dos efeitos da
greve do pessoal da Imprensa Oficial.
A Secretaria do Tribunal informou ao Unafisco
o motivo do adiamento. Segundo a previsão inicial, o julgamento
da ação seria "antes do recesso", em dezembro.
A greve, contudo, impediu a publicação da agenda das seções
do tribunal a tempo de ser mantido aquele prazo.
Além da extensão da GDAT aos
aposentados, será julgado também se o pagamento da gratificação
será feito no percentual pago aos ativos, de até 50% do
vencimento. Hoje os aposentados e pensionistas recebem apenas o percentual
de 30%.
Temos motivos para aguardar com otimismo
o resultado da votação. A Turma que julgará o pleito
será a mesma que já julgou, por unanimidade, de forma favorável,
ação idêntica ajuizada pela ANFIP (Associação
dos Fiscais da Previdência). Agora, muda apenas o relator.
28,86%:
falta autorizar a execução do julgado
Os associados do Unafisco
que participam das ações judiciais relativas aos 28,86%
começarão a receber, ainda este mês, as fichas em
que autorizarão os advogados do sindicato a ingressarem com a execução
do julgado.
Os interessados deverão prestar as
informações solicitadas e autorizar a execução,
enviando de volta, o mais rápido possível, a ficha de adesão
ao Unafisco.
Entretanto, nunca é demais lembrar
que a execução do julgado é um processo lento, que
ainda dependerá, se formos vitoriosos, da emissão de precatórios.

Uma
Receita para o Brasil: a busca de um país justo
A luta por uma Receita Federal
mais justa para o Brasil deu um passo decisivo com o sucesso alcançado
com o seminário "Uma Receita para o Brasil". O que até
recentemente era visto como preocupação apenas de auditores-fiscais,
ganha espaço no seio da sociedade civil.
Ao evento, realizado pela DS/RJ em conjunto
com o Unafisco Nacional, na penúltima semana de novembro, compareceram
mais de 150 pessoas, dentre elas membros da categoria, vindos de diversos
cantos do país, economistas, vereadores, deputados, senadores,
juristas e lideranças sindicais.
A VILÃ DA HISTÓRIA.
A prática de uma "arrecadação que traga o menor
ônus político" foi apontada pelo presidente do Unafisco
Sindical, Paulo Gil Introíni, como uma das vilãs da mais
elevada concentração de renda a que o país já
assistiu.
Ela vem proporcionando ao governo recordes
de arrecadação e, aos banqueiros e financistas, lucros extraordinários,
entre outros prejuízos para a coletividade, como a convivência
com a miséria crescente e seus males.
"Se o cálculo é esse,
temos que organizar aquela parte da sociedade que realmente paga a conta
e financia o Estado Brasileiro, para fazer com que ela imponha um ônus
político maior ao governo", propôs.
CORAÇÕES E MENTES. Marcello Escobar, presidente do Conselho
de Delegados Sindicais, fez o link: "há pouco mais de um ano,
realizamos aqui mesmo no Rio de Janeiro, o VII Conaf". Presidenciáveis
e outras autoridades ali compareceram para debater a idéia de elaboração
de um projeto para o Brasil a partir da refundação da SRF.
"Essas autoridades jamais conseguirão apagar de suas mentes
a imagem de centenas de homens e mulheres, auditores-fiscais que deixaram
as suas famílias, os seus lares em outras cidades e estados, para
concentrar esforços em favor de um país não apenas
melhor, melhor é pouco. De um país justo."
Clair Hickmann, diretora de Estudos Técnicos
do Unafisco Sindical, enfatizou a importância da participação
dos cidadãos, especialmente dos trabalhadores, "para que não
sejam chamados apenas para pagar a conta", e foi enfática
ao referir-se aos auditores-fiscais da Receita: "têm um papel
importante a cumprir, como especialistas da área tributária
que são, de propor alternativas e, desse modo, ver reconhecido
o seu trabalho - assim estaremos realizando a nossa legitimidade social".
Das exposições e debates participaram
ainda os deputados Eduardo Paes (PFL/RJ), atual secretário de Assuntos
Estratégicos da Prefeitura do Rio de Janeiro, e Sérgio Miranda
(PcdoB/MG), o senador Saturnino Braga (PSB/RJ), os economistas Dércio
Garcia Munhoz (UNB) e Paulo Nogueira Batista Júnior (FGV/SP) e
o ex-secretário da Receita Federal, Osíris Lopes Filho.
Assim como os Auditores-Fiscais Fátima Gondim, primeira vice-presidente
do Unafisco Sindical, Carlos André Soares Nogueira (DS/Florianópolis),
Maria Lúcia Fattoreli (DS/BH) e Alberto Amadei Neto, ex-presidente
do CDS.

Curtas
O
deputado Eduardo Paes (PFL/RJ) eliminou as dúvidas por ventura
existentes quanto ao propósito de reduzir a tarefa de Estado da
Secretaria da Receita Federal às conveniências do governo.
Sobre a omissão do secretário, em relação
ao Código de Defesa do Contribuinte, afirmou: "Com certeza,
deve ser uma questão partidária, pois o autor da proposta
é o senador Jorge Bornhausen, que é presidente nacional
do PFL".
O
ex-secretário da Receita Federal, Osíris Lopes Filho destacou,
sobre os recordes da arrecadação: "Vai-se cobrando
o tributo de milhões de contribuintes anônimos politicamente,
carentes de influências no organismo estatal, massa indiferenciada,
cuja valia é a de pagar o tributo devido, sem espernear".
Com
o título "Fundamentalismo econômico brasileiro",
Luís Gonzaga Belluzzo afirma, na Edição Especial
da Caros Amigos (nº 10/dez/2001): "A insensatez, preconceito
e teimosia da equipe econômica, formada em escolas americanas, são
manifestações ideológicas que exprimem, na verdade,
relações de poder construídas no interior das novas
formas de dominação estabelecidas pelo centro hegemônico".
Merece ser lido.

Instrumento
para distribuir renda e diminuir a miséria
"O Brasil apresenta um dos mais elevados
graus de desigualdade de distribuição de renda do mundo".
O diagnóstico apresentado pela vice-presidente
do Unafisco Sindical, Fátima Gondim, na exposição
"A degradação tributária (da nova ordem econômica),
o inferno (do assalariado e do consumidor) e o paraíso fiscal do
capital", consta de um bem fundamentado dossiê que desenvolveu
com informações originadas na própria Receita e até
mesmo de afirmações do secretário.
ABRINDO A MÃO PARA O FMI.
A partir de 1995, segundo Fátima, o Brasil se transformou no paraíso
fiscal do capital: "os recordes de lucros bancários são
manchete na imprensa e os prejuízos fiscais acumulados são
da ordem de R$ 44,6 bilhões".
"Em 1997, o secretário dizia que as bases tributárias
iriam ser degradadas, que teríamos que abrir mão das bases
clássicas: consumo, renda e propriedade", contou. "Se
era uma necessidade para o Brasil se inserir na economia internacional,
estão aí as conseqüências: o modelo tributário
brasileiro degenerou-se para cumprir o acordo com o FMI, gerar superávits
primários e pagar os juros da dívida pública".
Diante do processo de mundialização
do capital financeiro, Fátima acredita que a saída é
o Sistema Tributário Nacional tornar-se um "instrumento estratégico
para a distribuição da renda e a redução da
pobreza do país". O que reforça a "importante
tarefa dos auditores-fiscais da Receita" a que se referiu Clair Hickmann.
Um
estado desequilibrado
Ao analisar dificuldades da Administração
Tributária brasileira, de um ponto de vista internacional e desde
o pensamento econômico adotado pelo Estado no início dos
anos 90, Paulo Nogueira Batista Júnior (FGV/SP) responsabilizou
a visão "muito desequilibrada" dos governos que perderam
a noção da importância relativa de instâncias
como Mercado e Estado, ao assumir uma postura estadofóbica ou anti-Estado.
Em sua exposição, que se encontra
no site da DS www.unafisco-rj.org.br, o economista recorreu a diversas
citações. Destacamos algumas sobre o economista inglês
Nicolas Caldor, um keynesiano que assessorou governos de países
em desenvolvimento e formou opinião sobre a questão tributária,
publicando vários artigos e livros sobre o tema.
"Por suas experiências práticas, Caldor tinha uma grande
noção da realidade política do tema tributário.
(...) Ele frisou ser necessário criar um corpo permanente de funcionários,
que tivesse remuneração, status, perspectivas de promoção
suficientes para atrair o melhor talento e estabelecer padrões
profissionais de um serviço público de alta qualidade.
Dizia, claramente: 'É inútil
esperar uma administração tributária eficiente, com
base na estrutura e uma escala de salários de uma burocracia comum'.
(...) A questão era de 'natureza política' e Caldor cita
como exemplo a dificuldade de tributar milionários do Oriente Médio
e da América Latina, nos anos 50. Passados quase 50 anos, nós
ainda nos deparamos com dificuldades que Caldor apontava naquela época".

Trabalho
parlamentar
Na reta final
O esforço, que envolveu duas greves
e muito empenho da categoria, está mais perto da vitória.
Desde o dia 5 de dezembro, o parecer favorável da Comissão
Mista pela aprovação da MP 2.175-29, redigido pelo deputado
Roberto Pessoa (PFL/CE), está na Mesa Diretora da Câ mara.
Lá estão reivindicações importantíssimas
da categoria.
A MP 2.175-29 é a que dispõe
sobre a reestruturação da carreira Auditoria do Tesouro
Nacional e organização das carreiras de Auditoria-Fiscal
da Previdência Social e Auditoria-Fiscal do Trabalho.
Transformada, agora, em Projeto de Lei de
Conversão, corrige "graves distorções na política
de remuneração de pessoal da Administração
Federal (...) que se encontra notoriamente defasada em relação
aos salários de mercado" e contempla diversas outras reivindicações.
"O trabalho foi uma conquista da coesão
das entidades envolvidas, exceção apenas dos técnicos,
que se sentem descontemplados, muito embora tenhamos feito o máximo
por eles também", reconhece o relator.
O ritmo da luta depende da continuidade do trabalho de pressão
da categoria junto aos parlamentares e ao presidente da Mesa Diretora,
deputado Efrain Moraes (PFL/PB), para definir quando será votada
a matéria. Mais que nunca é preciso estar atento e mobilizado.
CONVERSAS
NA DS. A DS/RJ estará convocando os colegas para novas conversas
com os parlamentares, na sede do Sindicato, neste início de ano.
A idéia é incrementar a mobilização e aumentar
o comparecimento a essas conversas, visando fortalecer a pressão
e acelerar o andamento da matéria no Congresso.
Paralelamente, cartas, e-mails, telefonemas, expondo nossos anseios pela
pronta aprovação do Projeto de Lei de Conversão,
deverão ser feitos e endereçados para os deputados e senadores.
Os endereços e números dos telefones estão no site
da DS: www.unafisco-rj.org.br
Durante o ano que findou, a DS recebeu a
visita de vários parlamentares, dentre eles, o senador Saturnino
Braga (PSB/RJ) e o deputado Vivaldo Barbosa (PDT/RJ). Com a ajuda dos
colegas junto a seus candidatos, esse ano tem mais.
Defendeu também os pontos de vista da categoria sobre o CDC na
Câmara de Vereadores, em entrevistas à Rádio Bandeirantes
(Programa Faixa Livre) e junto ao Movimento em Defesa da Economia Nacional
(Modecon).

Auditoria aprova
contas da gestão anterior
Denúncias infundadas, feitas através
de correspondência da chapa União dos AFRF divulgada às
vésperas da última eleição, lançando
suspeita sobre a idoneidade da gestão anterior motivaram a diretoria
a realizar auditoria nas contas da DS.
Em 20/09/2001, os colegas Telma Brígido Pio e José Afonso
da Silva Ramos entregaram o relatório conclusivo da Auditoria que
periciou a contabilidade da DS/RJ, referente ao biênio 1999/2000.
"Analisamos os documentos examinados
e não constatamos nenhuma irregularidade. Os pagamentos efetuados
referem-se a despesas com prestação de serviços,
compra de mercadorias, materiais e equipamentos. Despesas essas que foram
devidamente autorizadas e comprovadas". A íntegra do documento
está à disposição dos interessados na sede
da DS/RJ.
Em 28/04/2000 e 28/03/2001, o Conselho Fiscal
de nossa Delegacia Sindical já havia examinado a exatidão
da posição Patrimonial e Financeira da entidade, para os
anos de 1999 e 2000, respectivamente. Além disso, em 06 de julho
de 2001, os conselheiros Francisco Favilla e Tula de Assis Lopes reiteraram
os termos destes dois pareceres.
Agora, ficou mais claro que nunca existiu
"caixa-preta" no sindicato, ao contrário, a sua contabilidade
é transparente; e que a obra da reforma das salas 701/702 da rua
Debret, além de concorrência acompanhada por representante
da DEN, teve o seu resultado registrado em Ata de reunião do Conselho
Curador Nacional do Unafisco Saúde, em julho de 2000.
Com relação ao último
mandato (agosto de 1999 a julho de 2001), investimos no movimento reivindicatório
que impediu a autarquização da Receita Federal; em pagamento
de honorários advocatícios para a defesa de colegas acusados
em inquéritos administrativos, ações criminais, etc;
e na reforma das salas próprias (Jurídico e Auditório).
Mesmo assim, a situação financeira da Delegacia Sindical
no Rio de Janeiro permanece bastante sólida até hoje.

Integração
é a força do companheirismo
Se a união faz a força, a confraternização
reforça o espírito de companheirismo, fundamental para a
união
Integrar os sindicalizados à luta
da categoria é uma das principais preocupações da
atual gestão. A DS tem claro que a coesão dos AFRF e a sua
proximidade das atividades do sindicato são condições
indispensáveis para o sucesso dos objetivos do Unafisco Sindical.
Entre as várias formas de integrar
os colegas, está a promoção de atividades recreativas
e culturais. Além disso, a DS estará, permanentemente, buscando
incrementar sua relação de convênios para baratear
custos e proporcionar facilidades aos associados. Mas sua participação
é fundamental. Integre-se às nossas atividades!
YOGA - Todas as terças e quintas-feiras, das 12 às
13 horas, no Auditório do sindicato (7º andar). Cada praticante
(a turma deverá ter, no mínimo, 20) paga apenas R$ 15,00
por mês. Caso o número de pretendentes não cubra a
importância de R$ 300,00 mensais, acertada, o sindicato comprometeu-se
a pagar a diferença. Inscrição e contato com o Sr.
Ailton, no sindicato.
DANÇA - Aulas de dança de salão todas as
segundas e quartas-feiras, das 12 às 13 horas, no Auditório
do sindicato (7º andar). A turma deve ter, no mínimo, 15 participantes,
ao preço de R$ 20,00 por mês. O sindicato arcará com
a diferença, porventura existente, entre o que for arrecadado dos
interessados e os R$ 300,00 mensais combinados. Informações
com o Sr. Ailton.
FUTEBOL - A quadra foi conseguida, gratuitamente, no Clube da
Aeronáutica. Os jogos acontecem todas as quintas-feiras, das 18
às 20 horas. Cerca de 20 colegas já participam. As inscrições
de novos interessados estão abertas. Procure o Sr. Ailton, no sindicato.
BIBLIOTECA - A DS está investindo na compra de obras para
formar o acervo da Biblioteca que está organizando para a livre
consulta de todos os AFRF, na sede do sindicato. A previsão é
de que a biblioteca esteja funcionando ainda no primeiro semestre de 2002.

Rápidas
Convênios
A
Probabilidade Administradora e Corretora de Seguros oferece confiança
e facilidade aos auditores-fiscais e pensionistas associados na Apólice
Coletiva de Automóveis da Hannover Seguradora - do grupo HDI-Deutschen
Industrie, apontada como uma das melhores no mercado brasileiro - via
telefone 0800 (257778) e internet, no site: www.probabil.com.br ou no
correio eletrônico: probabilidade@probabil.
com.br.
O associado tem direito a desconto de 50%
sobre a tarifa normal e a parcelamento do pagamento da apólice
em até 10 vezes, sem juros. Consultas de cálculo ou o seguro
para o seu veículo podem ser feitos também através
do banner da Probabilidade na página da DS na internet: www.unafisco-rj.org.br.
A resposta virá por telefone ou via e-mail do associado. Caso até
fevereiro/2002 se efetuem o mínimo de 50 apólices entre
os associados, em março a Probabilidade sorteará um DVD
para os segurados do convênio.
A
L.F.Corretora de Seguros Ltda também oferece excelente desconto
ao associado e sua família para o seguro de seu carro. O associado
pode procurar o corretor Luiz Fernando pelos telefones 25183443, 22637478,
22636714(fax) ou na Rua do Acre, 77 - sala 401 - Centro.
A
Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá está oferecendo
aos associados e seus dependentes descontos de 15% e 20%, na mensalidade
de diversos cursos, conforme tabela em poder do sindicato. A principal
condição para o benefício é que o interessado
comprove a condição de associado do Unafisco Sindical e
a devida aprovação em concurso vestibular, nos casos dos
possuidores de curso superior e oriundos de transferência externa.
Página na internet
A página da DS na internet - www.unafisco-rj.org.br - está
funcionando desde o mês de novembro. Começou, experimentalmente,
com acesso restrito. Agora, já está aberta ao público.
Visite. Divulgue. Faça sugestões.

Espaço
do associado
Vagabundos, não!
Quem ainda tinha alguma dúvida e
teve oportunidade de participar ou assistir ao 1º Encontro Nacional
Sobre Assuntos de Aposentadoria dos Servidores Públicos das Três
Esferas (federal, estadual e municipal), realizado em Luziânia (GO),
pôde constatar o quanto somos batalhadores.
Deixados de lado o cansaço, os contrastes
e os interesses específicos a cada esfera, cerca de 500 ditos "vagabundos"
desenvolveram intensa programação, irmanados pelos ideais
comuns a todos: justiça social, respeito, remuneração
digna, reconhecimento.
Após 30 anos de trabalho, no mínimo,
o que resta a um aposentado? Deitar-se numa rede, cachimbar, olhar os
netos - caso os tenha - e esperar a "malvada", enquanto "pensa
na morte da bezerra"? Por certo não. No Encontro, todos mostraram
em elevada dose sua capacidade de luta e garra em defender os direitos
que o governo vem palmo a palmo surrupiando.
O Encontro se revestiu do mais pleno êxito,
o que já era de esperar. Vem de longe o intuito do governo em solapar
e encancerar essa parcela dos trabalhadores do país, expurgando-a
de qualquer melhoria. Mas não é assim não, senhores
mandatários e legisladores da Nação.
Aproxima-se um ano de eleições.
Os que compareceram ao evento - e muitos mais que eles podem influenciar
- saberão em quem votar. Nada de se dobrarem aos parentescos ou
amizades - o primo do sobrinho, o amigo, o cunhado, o filho do irmão.
Constrói-se um corpo legislador,
observando, atentos, aos princípios que regem a sua conduta, se
o candidato é capaz de sustentar suas posições em
prol da justiça social e de propugnar pela felicidade do povo desta
Nação.
Alda Estelita Lins
é AFRF aposentada

Privilégios
do IR fazem do Brasil paraíso fiscal
Dedutibilidade, para pessoas jurídicas, dos juros
sobre o capital próprio, fere os princípios da igualdade
e da progressividade estabelecidos pela Constituição Federal
Por que o rendimento do capital paga menos
imposto de renda que o rendimento do trabalho? Intrigante, a pergunta
soa mais forte quando se sabe que a dívida interna decuplicou (vide
box), a maior parte do patrimônio nacional foi vendida e que com
essa renúncia fiscal a SRF deixou de arrecadar R$ 3,25 bilhões
só no ano de 1998.
O privilégio foi criado pelo pacote
tributário de dezembro de 1995 e alterado, a partir de janeiro
de 1997, pela Lei 9.430/96, sob os argumentos de compensar, às
empresas, os reflexos negativos relacionados ao aumento da tributação
em virtude do fim da correção monetária, e de que
deve haver isonomia de tratamento entre o capital de terceiros e o capital
próprio.
TRATAMENTO DIFERENCIADO. Com a criação
da benesse, a composição do lucro foi dividida em lucro
e juros, ambos remunerando o dono do capital, embora com tratamento tributário
diferenciado.
A partir de então, os sócios
e acionistas das pessoas jurídicas pagam, como beneficiários
do rendimento dos juros, somente 15% de IR, exclusivamente na fonte, enquanto
os demais contribuintes (assalariados) são tributados em até
27,5%. Além disso, em virtude da redução do lucro
houve uma redução no pagamento do IRPJ pelas empresas.
Ironicamente, a mesma 9.430/96 aponta como
paraíso fiscal o "país que não tributa a renda
ou que a tributa a alíquota máxima inferior a 20%"
(Art. 24).
ABRAÇADO COM O FMI. Há
sete anos o Congresso não consegue aprovar a correção
anual da tabela do IRPF, prevista pela Constituição. Mesmo
vendo se esfacelar sua base parlamentar, o governo não desiste
de seguir as regras neoliberais do FMI.
Anualmente o secretário da Receita
Federal anuncia um novo recorde de arrecadação. Mostra o
santo, sem contar o milagre. O país
já ocupa o quinto lugar no ranking mundial de concentração
da renda. Ainda há quem duvide, mas sem rodeios o Brasil foi elevado
à categoria de paraíso fiscal.
Mudou o século, mudaram os números,
mas nunca é demais lembrar: a máquina produtiva e financeira
da metrópole, hoje explicitamente voltada para a guerra, se alimenta
dos juros permanentes remetidos aos credores pela máquina arrecadadora
da periferia, hoje "globalmente" voltada para estrangular o
trabalhador, cujo salário, cada vez mais, acaba antes do mês.
SERVIÇO
DA DÍVIDA
A dívida interna saltou de R$ 59,4 bilhões, em 1994, para
R$ 641 bilhões (2001). Já a dívida externa, de US$
148 bilhões, em jan./1995, passou a US$ 241 bilhões, em
dez./1999, e o país pagou US$ 186 bilhões.
Em 2000, o Orçamento da União dedicou US$ 144 bilhões
para o serviço e rolagem das duas dívidas, enquanto apenas
R$ 33 bilhões eram destinados à área social.Fontes:
Secretaria do Tesouro Nacional
e Banco Central
Para
o leitor refletir
Por
que o rendimento do capital paga menos IR que o rendimento do trabalho?
Já
não basta os lucros distribuídos serem isentos do IR?
Já
não basta a renda de aplicações financeiras ser tributada
à alíquota de, no máximo, 20%?
Já
não basta a renda de aplicações financeiras do capital
estrangeiro ser tributada em, no máximo, 15%?
Já
não basta os ganhos de capital serem tributados a apenas 15%?
Já
não basta a renda variável ser tributada a apenas 10%?

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