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Editorial
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Em
respeito à Receita Federal e à cidadania
Publicamos nesta
edição a primeira do que pretendemos que seja uma série
de cinco entrevistas com candidatos ao próximo pleito presidencial.
O primeiro a responder a nosso convite foi o ex-ministro Ciro Gomes, candidato
pelo PPS.
Nossa intenção
é que os principais presidenciáveis respondam às
questões formuladas, que serão sempre as mesmas, abordando
temas de interesse da nossa categoria, do funcionalismo público
e do público em geral.
Com isso, esperamos melhor
esclarecer nossos leitores sobre o que pretendem fazer os candidatos,
se eleitos, a respeito de temas como reforma tributária, previdenciária,
greve no funcionalismo público, Aduana, dívida pública,
etc.
Como benefício marginal,
esperamos servir como mais um instrumento de compromisso dos candidatos
com projetos que reforcem a importância da Receita Federal no cenário
nacional.
Em outra matéria, denunciamos o estado de abandono em que se encontra
o porto do Rio de Janeiro, cuja falta de condições de trabalho
convida a, potencialmente, transformá-lo em porta de entrada do
descaminho e do contrabando.
O porto do Rio de Janeiro é
o exemplo prático de como uma política aduaneira voltada
unicamente para a rápida liberação de mercadorias,
via afrouxamento das normas alfandegárias, e onde a fiscalização
da zona primária é tratada pela própria SRF como
empecilho à agilização, pode ser prejudicial à
indústria nacional e ao Brasil.
Vimos um quadro em que a fiscalização
é pressionada a liberar mercadorias, onde faltam pessoal, treinamento,
condições básicas de higiene, material e segurança,
em que as condições mínimas de trabalho são
muitas vezes supridas pelos próprios interessados na liberação
das cargas. Definitivamente, não é o ambiente ideal para
que seja cumprida a missão extrafiscal da Aduana de defender a
produção nacional.
Há muito o Unafisco
vem denunciando esse estado de coisas e, diante desse quadro triste, continuaremos
a denunciá-lo.
Importante é lembrar,
também, que quando este número do Agente Fiscal chegar às
suas mãos, os AFRF já terão decidido em Assembléia
nacional (dia 3 de abril) se e como desejam se mobilizar pela aprovação
da MP 2.175-29 com as modificações contempladas no relatório
do deputado federal Roberto Pessoa. As indicações do CDS
para essas resoluções estão na página 5.

Morro
do Querosene
Sobre a reportagem do
Morro do Querosene, quero dar meu testemunho, que já tive oportunidade
de subir aquelas escadarias em duas ocasiões. É uma comunidade
realmente pobre. Não é favela de casas de tijolo, como a
maioria, mas de barracões de madeira e zinco. A casa por nós
patrocinada, que recebe as crianças no horário em que não
estão na escola, faz toda a diferença na vida dos meninos
e das mães. Ao invés de ficarem largados brincando no esgoto
a céu aberto, são adequadamente alimentados e se ocupam
de atividades recreativas, esportivas e educacionais.
Tive o prazer e a honra de conhecer
o Ney e a Eridan, que são os colegas que acompanham de bem perto,
com rédea curta, tudo que acontece lá, do cardápio
à preparação das educadoras, que também vieram
da comunidade. Eles não colaboram com alguns reais por mês,
como eu, mas com várias horas da vida. É como eu quero ser
quando crescer.
A matéria fala da preocupação
de conseguir mais colaboradores financeiros para poder ampliar a ação
para as crianças de idade maior, para não serem abandonadas
justamente na hora em que o tráfico se interessa por elas. Parece-me
um passo ousado e fundamental no sentido de interferir de modo mais significativo
na vida dessa pequena comunidade.
Meu primeiro filho vai nascer daqui
a três meses e fico pensando que provavelmente não vou deixar
pra ele grande herança financeira, como nada ganhei dos meus pais.
Mas é certo que vou dar, como recebi, as ferramentas necessárias
para entrar na competição. É o que não poderia
ser negado a ninguém: as ferramentas.
O projeto do Morro do Querosene se
propõe a dar a essas crianças algumas ferramentas que não
teriam de outra forma. Sinto-me feliz em saber que autorizando o desconto
de alguns reais no meu contracheque, com os quais eu pagaria um cinema,
colaboro com coisa tão maior.
Mas eu aqui, numa tentativa de convencer
mais gente a colaborar, imagino que a questão não sejam
os quinze ou vinte reais e sim a idéia que existe em nós
de que não é nossa culpa nem nossa responsabilidade. E que
já pagamos impostos suficientes para que o governo cuide dos problemas
sociais.
É fato. São os argumentos
que uso comigo mesma para dormir em paz, para passar por crianças
de rua todos os dias sem que isso me afete, para manter intacta as muralhas
de proteção que construí para mim mesma e sem as
quais não se vive nesta cidade.
Mas quando alguém, como o Ney
e a Eridan, manda esses argumentos para o inferno (que é seu devido
lugar) e rompe os muros, sinto um leve gosto estranho na boca que me custa
reconhecer como de vergonha e inveja. E se eles, conhecendo minhas imensas
limitações, só me pedem alguns reais para ampliar
seus projetos, não há raciocínio capaz de me fazer
dizer que não ou fingir que não ouvi.
Andréa Millan é AFRF
Cartas para esta coluna:
jornalismo@unafisco-rj.org.br

Informe
jurídico
Responsabilização
A pergunta foi dirigida à
equipe de advogados que assiste à DS/RJ: Pode um Técnico
da Receita Federal ou um estranho aos quadros da Carreira de Auditor da
Receita Federal chefiar Auditores-Fiscais da Receita Federal?
Em resposta à consulta da DS/RJ, o Dr. Luiz Eduardo Cavalcanti
Corrêa registrou o que dizem o caput e o inciso V do artigo 37 da
Constitutição Federal, o parágrafo 2º do artigo
6º da MP nº 1.971 e o artigo 1º do Decreto nº 3.611,
de 27 de setembro de 2000, para sustentar que "não tem razoabilidade,
nem é possível se prover Técnico da Receita Federal
em função pública de chefia ou direção
que tenha por subordinados Auditores-Fiscais da Receita Federal, e, ainda,
que estranho à carreira da Auditoria da Receita Federal somente
pode ocupar os cargos em confiança que não disserem respeito
à direção ou chefia de integrantes da carreira quando
estes estiverem no exercício de suas atribuições
exclusivas".
Mas a consulta da DS não parou
por aí. Indagou também se o fato de um Auditor-Fiscal da
Receita Federal estar em desvio de função pode causar dano
ao erário.
Em sua resposta, o advogado registra
o que dizem o Decreto Lei nº 3.611, de 27 de setembro de 2000, em
seus artigos 1º ao 4º, o parágrafo 1º do artigo
39 da Constituição Federal, os artigos 4º, 5º
e 10º da Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992, e o disposto
no artigo 159 do Código Civil, para sustentar que "o desvio
de função do Auditor-Fiscal pode caracterizar dano ao erário,
importando, em tal hipótese, em responsabilização
do agente que provocou tal desvio."
GDAT
na pauta
A expectativa da assessoria do juiz
Aloísio Palmeira, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região,
que é o relator do processo da GDAT dos Auditores-Fiscais aposentados
e pensionistas, é que se confirme o previsto de que a votação
do processo deve entrar na pauta do dia 10 de abril. Segundo divulgou
a DEN, a previsão foi transmitida ao presidente da DS/Bauru, Walter
Comini, durante conversa com a assessoria do juiz, ocorrida no dia 25
de março passado, no TRF.
Entrevista: Presidenciáveis/2002
Uma
Aduana para inglês ver
Espalhada pelos 8 km
do Pier Mauá, a Aduana/RJ ocupa, no Porto, diversos tipos de ambiente,
desde locais razoáveis na Av. Rodrigues Alves e áreas bem
instaladas nos terminais privatizados a instalações deficientes,
empoeiradas, com tubulações expostas, mesas abarrotadas
com pilhas de processos, mobiliário velho, equipamentos sanitários
sujos e freqüentemente enguiçados.
Água potável, copos
plásticos, cafezinho são mantidos pela cotização
dos funcionários, quando não fornecidos pelas empresas que,
de uns tempos para cá, controlam os terminais privatizados do porto
do Rio. O mesmo acontece também com os equipamentos necessários
para o bom funcionamento de escritórios: cartuchos de impressoras,
lápis, papel, borracha etc.
DENÚNCIA recebida pela DS/RJ
informa que "o grande problema é que esses favores podem servir
a tentativas de usá-los como moeda de troca para outros interesses
das empresas ou de seus funcionários". Aponta também
para possível fragilidade da segurança, uma vez que durante
os plantões, apenas cerca de 10 profissionais ficam responsáveis
por controlar toda a área que tem vários portões
para veículos, pessoas, áreas gradeadas e muradas.
E reforça: "É comum
ver-se o acesso de vans com prostitutas na área de carga, quando
há navios atracados no porto". Nesses
casos não há como não registrar a suspeita de cumplicidade
da polícia portuária com a prostituição e
até a possível saída de contâineres com registros
não manifestados.
Os problemas de infra-estrutura se
revelam mais graves quando "durante a chegada dos navios o controle
da carga é feito pelo lado da embarcação colado ao
cais. Pelo outro lado da embarcação, não há
qualquer controle, de segurança ou mesmo de vigilância, pois
a lancha da Aduana não dá nem para botar na água".
INÚMERAS outras dificuldades
enfraquecem a necessária garantia de segurança e independência
do fiscal, quando não do país. A IN 111/98, por exemplo,
orienta o fiscal a devolver a documentação sobre a carga
liberada, retendo-se apenas extratos das declarações. Resultado,
perde-se importante material de prova sob a alegação de
não haver necessidade daqueles documentos. Segundo a denúncia,
"por baixo" mais de 50% das importações são
instruídas por documentação falsa.
A orientação é
que tudo deve ser feito para liberar rapidamente a carga no porto. Para
cumpri-la, a própria SRF incorporou a idéia de que a Aduana
é um empecilho, que onera, dificulta e prejudica o procedimento
de importação. Depois, com vistas a garantir as metas traçadas
pelo governo, passou a desenvolver mecanismos e normas internas que maximizem
o desembaraço da Aduana.
Como se sabe, a Aduana não
é um órgão arrecadador. Decorre daí um paradoxo:
o risco de todas as facilidades adotadas fica para a indústria
nacional e para o desenvolvimento do país. Como já não
bastassem as multas, no Brasil, serem muito menores do que nos EUA e na
Europa. Num mercado cada vez mais concorrencial, essas facilidades contribuem
para um significativo crescimento do contrabando, da concorrência
desleal e da entrada ilegal de produtos no país.
DIVERSOS mecanismos estimulam essas
práticas e particularmente a concorrência desleal. O primeiro
é a certeza do importador desleal da impunidade, já que
mesmo sendo crime importar carga com documentação falsa
é imensa, porém, a dificuldade de se apresentarem as provas
da falsificação, uma vez que ela é feita no exterior.
Salvo raras exceções, no máximo, o importador será
multado.
Veja-se, por exemplo, o caso da carga
tributável classificada como não tributável. Descoberta
a fraude, a multa incide sobre 75% da diferença do valor tributável,
além do pagamento integral do tributo. O importador pode, porém:
1) pode recolher sem contestar a multa e o tributo, caindo a multa para
apenas 37,5% da diferença dos tributos não recolhidos; 2)
pode enfrentar a punição, arcando com o ônus integral
da multa e do tributo, ao final; ou 3) pode, simplesmente, abandonar a
carga.
É comum um importador dividir
um lote de contêineres em várias declarações
(por contêiner) em vez de numa só, como lhe sairia inclusive
mais em conta. Se um deles cair num canal de conferência (vermelho
ou cinza), dificilmente os demais cairão aí. O valor dos
liberados pode superar o custo do prejuízo e não valer a
pena pagar a multa ou recorrer. Fosse nos EUA ou na Europa, o responsável
iria para a cadeia, seria investigado e teria de pagar todos os tributos
e as elevadíssimas multas previstas. Dificilmente o fato se compensaria.
DADAS AS facilidades existentes,
atualmente, no país, o importador pode arriscar. Faz sua declaração
por contêiner e espera que toda a carga passe pelo canal verde.
Caso contrário, se cair nos outros canais o seu risco aumenta,
muito embora relativamente e de modo solucionável. Em princípio,
basta que ele tenha como critério mínimo não errar
na descrição contida na fatura.
De certo modo, o importador pode beneficiar-se
também no caso da carga conter produtos químicos. Não
há como um exame visual apontar a natureza da substância
química importada, e grande parte dessas cargas vêm com a
tarifa mínima.

Curtas
INDIGNAÇÃO:
O relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU, o suíço
Jean Ziegler, estarreceu-se com o crescimento da miséria no país.
Foi xingado pelo governo. Depois, o chefe da Divisão de Apoio à
Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho,
Cláudio Secchin, denunciou o trabalho escravo no Brasil. Ganhou
a primeira página do The New York Times. Os brasileiros, mesmo,
vão se pronunciar nas urnas.
REELEIÇÃO:
A frase é do ex-ministro Delfim Netto após ler o livro
do jornalista Paul Blustein, que será editado ainda este ano no
Brasil: "O Blustein mostra, sem dizer, que o governo Clinton usou
o FMI na defesa do real sobrevalorizado para salvar o presidente Fernando
Henrique e impedir a eleição do Lula" (em 1998). Blustein,
entre outras coisas, conta porque Chico Lopes caiu.
IDOSOS:
Hoje, uma em cada 10 pessoas, no mundo, tem 60 anos ou mais. Estudos da
ONU indicam que, por volta de 2050, essa proporção duplicará,
chegando à relação de uma para cada cinco pessoas
com mais de 60 anos. Haverá mais pessoas com mais de 60 anos no
mundo do que crianças (até 14 anos). Mais madura, a humanidade
pode ficar menos violenta e mais ecológica.

Bancos
ganham bilhões com a crise brasileira
Os bancos oferecem o segundo pior serviço de atendimento ao consumidor.
Não é de hoje que os
números incomodam. O lucro líquido dos 31 maiores bancos
do país, apesar da crise que atravessa a sociedade brasileira,
bateu novo recorde e ultrapassou os R$ 11,13 bilhões, em 2001 -
110% a mais que em 2000, quando já haviam obtido outros recordes.
O setor financeiro foi recordista
também da sonegação praticada em 2001, foi autuado
em R$ 7,3 bilhões. Segundo o coordenador-geral de Fiscalização
da Receita Federal, Paulo Ricardo Cardoso (JB de 26/01/02), no setor,
os números da sonegação crescem na mesma proporção
dos lucros. Já em 2000, os bancos lideraram o recorde da sonegação
do setor, autuado em mais de R$ 5,8 bilhões.
MELHOR, IMPOSSÍVEL. Os números
confirmam o que vem afirmando, há algum tempo, o presidente do
Unafisco, Paulo Gil Introíni: "a legislação
nunca foi tão generosa com os bancos, numa contradição
com a legislação que é dirigida à pessoa física".
A performance do lucro dos bancos não é proporcional aos
seus recolhimentos de IRPJ e da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL): em 2001, eles caíram 31,89% e 35,89%,
respectivamente.
Banqueiros e financistas devem ao
tripé juros altos-valorização cambial-tarifas bancárias
- perverso para os demais setores e, particularmente, para a sociedade
- o fermento dos lucros extraordinários alcançados nos últimos
anos. Com eles, o setor bancário passou a bilhões de distância
da crise econômica que afetou drasticamente a maioria dos negócios
no país, fechou vagas de trabalho e ampliou drasticamente o desemprego
e a violência social.
Quem liderou o ranking das vantagens
oferecidas ao setor, no país? Os bancos estrangeiros: "em
média, cada dólar aplicado no Brasil rendeu 50% a mais do
que no resto do mundo", afirmou a ABM Consulting. Os lucros do BankBoston
saltaram 200%. Na seqüência, o ABN Amro e o Santander. Já
o Itaú obteve o maior lucro (R$ 2,389 bilhões), um salto
de 30%, em relação a 2000. Na seqüência, o Bradesco
e o Unibanco.
NA CIRANDA DO VALE TUDO, os números
são significativos, principalmente devido ao pequeno peso dos ativos
dos bancos estrangeiros no país. Sobrou até para o Banco
do Brasil que faturou R$ 1.082 bilhão, o maior lucro desde sua
fundação, em 1808, por Dom João VI. Em contrapartida
aos grandes ganhos, todos eles se destacaram ainda num vergonhoso segundo
lugar entre os que ofereceram os piores serviços de atendimento
ao consumidor, segundo o Procon.
Em 2001, o Procon de São Paulo
registrou mais de 12 mil consultas sobre os serviços prestados
à população, que resultaram 2,8 mil reclamações.
Os clientes reclamaram tanto que a Confederação Nacional
do Sistema Financeiro, apoiada pela Febraban, recorreu à Justiça,
pedindo que os bancos sejam liberados do cumprimento do Código
de Defesa do Consumidor.
Enquanto aguarda a Justiça,
a Febraban preparou grande campanha visando melhorar a imagem dos bancos
e amainar o ressentimento crescente entre os clientes e as instituições.
Prefere gastar mais em propaganda em vez de ampliar o horário de
atendimento e contratar mais funcionários. Já o Banco Central
podia cumprir pelo menos uma de suas funções básicas:
regular o funcionamento do sistema financeiro, protegendo o usuário.
Pretendemos voltar ao assunto, analisando a política tributária
para o setor.

Trabalho
parlamentar
Mobilização leva AFRF
a Brasília
O trabalho parlamentar desenvolvido
até o momento pela aprovação da MP 2.175-29, que
reestrutura a carreira de Auditoria do Tesouro Nacional e a organização
das carreiras de Auditoria-Fiscal da Previdência Social e do Trabalho,
entra, agora, em nova etapa de mobilização da categoria.
A Semana Nacional de Mobilização pela aprovação
do relatório da MP ocorre de 08 a 12 de abril, a partir da aprovação
da Assembléia Nacional do dia 3.
Por orientação do CDS,
as DS intensificarão o trabalho parlamentar em suas bases, em conjunto
com as demais categorias envolvidas na luta, e tentarão produzir
fatos e ocupar espaços na mídia local e/ou nacional para
defender o projeto. Dia 10, chega a Brasília a grande Caravana
das categorias abrangidas pela MP, vinda de todo o país. Está
previsto, ainda, um dia de paralisação das atividades e
a realização de atos públicos, eventos e debates
locais e regionais.
A assessoria parlamentar do Unafisco
sustenta que "só temos até o dia 30 de abril para conseguirmos
que a MP 2.175-29 seja votada e convertida em lei, de acordo com o relatório
do projeto de conversão. Depois disso, só no próximo
governo", enfatizou o Boletim da DEN, de 26 de março. Em 2003,
a expectativa do Unafisco é de que a luta já seja outra:
a aprovação de um plano de carreira para os AFRF.
O relatório do projeto de conversão
garante várias conquistas para os AFRF, ameaçadas pela intenção
do governo de impedir melhorias na estrutura das categorias. Diante da
iminência da aprovação da MP 2.175-29 pelo Congresso
contrariamente à sua vontade, já que boa parte da "base"
governista estaria inclinada a aprová-la, o governo apega-se à
crise gerada na aprovação da CPMF, ameaça cortar
salários e "vantagens" dos servidores e joga seu peso
contra a aprovação do relatório.
A MP restabelece em parte a dignidade
da carreira, ferida com a redução do salário de ingresso
a 55% do que era em 1995 e com a quebra da isonomia com as outras carreiras
do fisco federal, onde fiscais que ingressaram na sua respectiva carreira
no mesmo ano que os da Receita Federal vêm percebendo até
R$ 1.300,00 a mais que o AFRF.
Também estão ali o retorno
da paridade constitucional entre ativos e aposentados e o fim da avaliação
individual de desempenho, inexistente em outras carreiras de Estado e
incompatível com o desempenho de atividade, como a fiscalização,
que deve ter independência para servir ao Estado, ao cidadão
e à cidadania, e não aos interesses dos governos de plantão.

Unafisco-RJ entrevista
Ciro Gomes
A partir desta edição o Agente Fiscal
estará publicando, nestas páginas, as respostas dos cinco
candidatos com melhor posicionamento nas pesquisas eleitorais. Veja o
que nos disse Ciro Gomes.
Ao longo de sua vida profissional
os servidores públicos contribuíram para uma aposentadoria
integral. O Sistema Previdenciário, no entanto, por motivos adversos,
encontra-se hoje em déficit. Qual a sua proposta para a garantia
de que, aposentando-se, o servidor receberá a previdência
integral ?
CIRO GOMES: A Previdência Social,
que hoje é um pesadelo para os aposentados e para o Governo, deve
transformar-se na principal ferramenta de poupança, base para o
investimento produtivo gerador de empregos. Para tanto o sistema previdenciário
deve deixar de ser um mero sistema de repartição - corrupto,
ineficiente, e insustentável - para se transformar num sistema
de capitalização. Ou seja, haverá correspondência
direta entre a contribuição associada à vida produtiva
de cada trabalhador e o benefício mensal que receberá quando
se aposentar. É como se fosse uma aplicação financeira.
Você terá o que você poupou. Isto valerá tanto
para o setor público quanto para o setor privado.
Com a introdução do
regime de capitalização na Previdência, soluções
paliativas e esdrúxulas como o Fator Previdenciário [e outras]
não terão mais razão de ser. (...) Haverá,
é claro, um valor mínimo de benefício que deverá
ser garantido pelo poder público mas este valor será desvinculado
do salário mínimo. O Regime de Capitalização
é um sistema que inclusive o próprio trabalhador fiscalizará,
pois o dinheiro será dele! Cada contribuinte terá um cartão
magnético e uma senha que lhe permitirão retirar, a qualquer
momento, um extrato de sua conta no Sistema Previdenciário Público
Brasileiro. Qualquer falha no depósito, seja dele ou do empregador,
será imediatamente percebida.
Mudando o regime de repartição
para o de capitalização, modernizando e democratizando a
gestão, o Sistema Previdenciário Público Brasileiro
ganhará credibilidade, previsibilidade e transparência, condições
básicas para o bom funcionamento de qualquer sistema de previdência.
Assim, aliada à retomada do crescimento sustentável, com
a ampliação do mercado formal de trabalho, e aos demais
sistemas de previdência (privado e o das estatais) estarão
lançadas as bases para a ampliação da poupança
doméstica, tão fundamental para a sustentação
do desenvolvimento econômico do país.
Hoje é grande a sonegação,
elisão, forte carga tributária sobre o assalariado, além
da tributação fácil (CPMF). Quais as medidas que,
se eleito, seu governo adotaria para fortalecer a Receita Federal ?
CG: A chave para a retomada do desenvolvimento
econômico no Brasil passa, necessariamente, pela recuperação
da capacidade do Estado de investir em áreas estratégicas.
E para recompor esta capacidade é necessário, sem dúvida
nenhuma, incrementar suas fontes de receitas. Para tanto, mais do que
nunca, é preciso ter uma SRF que trabalhe com extrema competência,
indo atrás dos sonegadores onde quer que estejam. No meu governo,
lugar de sonegador será a cadeia! Assim, não medirei esforços
para aparelhar a SRF com o que há de melhor em capital humano e
físico. A SRF será, no meu governo, exemplo para toda a
administração pública.
O país espera e necessita
de uma Reforma Tributária. O Sr. concorda com isso ? O que, se
eleito, seu futuro governo pretende fazer, efetivamente, nesse sentido
?
CG: Os governos FHC boicotaram
sistematicamente a Reforma Tributária. A visão míope
de curto prazo e exclusivamente de caixa do governo federal, mais a necessidade
de se cumprir à risca, desde 1998, a cartilha de exigências
do FMI e da banca internacional, fizeram o governo valer-se de remendos
tributários, ampliação das contribuições
em cascata e suspensão parcial dos repasses dos recursos aos estados
e municípios através da aprovação e de sucessivas
prorrogações do Fundo de Estabilização Fiscal
(e assemelhados).
No novo desenho tributário que proponho,
não cabe a CPMF como também nenhum tipo de imposto em cascata.
Todos os brasileiros vão pagar apenas cinco impostos. Mas pagar
de maneira direta, transparente e justa. Com isso, a soma dos impostos
arrecadados pode aumentar sem prejudicar os salários nem a produção.
A folha de pagamentos, por exemplo, estará livre de encargos. Todos
serão incidentes sobre o consumo e sobre a apropriação
especulativa do capital e da propriedade, sem prejuízo da parcela
que atualmente cabe aos estados e municípios. Eis em resumo o que
proponho:
1. Imposto sobre o Valor Agregado
(IVA): Imposto sobre o valor das mercadorias, cobrado no ato da venda
ao consumidor final, e especificado na nota fiscal para acabar com a sonegação.
Os produtos da cesta básica e os aluguéis de casas populares
estarão isentos do IVA, beneficiando assim as pessoas que ganham
menos.
2. Imposto sobre o Consumo de Supérfluos
(ICS): Cobrado sobre o consumo de artigos de luxo e supérfluos
como armas, munições, bebidas alcoólicas, cigarros,
cosméticos, lanchas e carros de luxo, e ainda sobre o consumo excessivo
de serviços de telecomunicações e energia elétrica.
3. Imposto Progressivo sobre o
Consumo Pessoal (IPCP): Imposto com alíquota progressiva, cobrado
sobre o consumo das faixas de renda mais altas. Incide sobre as grandes
desigualdades de padrão de vida, enquanto protege e incentiva a
poupança. No final do ano, o cidadão faria uma declaração
mais simples que a do Imposto de Renda atual, relatando quanto ganhou
e quanto poupou e investiu. Sobre a poupança, ou sobre os investimentos,
não se pagaria nada. Sobre a diferença, que é o consumo
presumido, é que incidiriam as alíquotas, progressivamente
mais elevadas nos níveis de consumo mais altos.
4. Imposto sobre Heranças
e Doações (IHD): Imposto com alíquotas progressivas,
sem efeito confiscatório, incidente sobre o valor real das heranças
e doações.
5. Imposto sobre a Propriedade
(IPR): Imposto não declaratório a ser cobrado sobre
a propriedade predial e territorial urbana e rural, com alíquotas
progressivas em função do tamanho, do uso e do valor real
da propriedade, incidindo pesadamente sobre terras improdutivas, o que
vai ajudar a fazer a reforma agrária.
A Reforma Tributária que proponho
é simples, direta e clara.
Como se sabe, a greve é uma das últimas
instâncias legítimas da luta de todos os trabalhadores, como
seu governo trataria uma possível greve no Serviço Público?
CG: Será cumprido o
que diz a Lei.
Um dos aspectos mais graves da situação
econômica crítica em que o país se encontra é,
sem dúvida, a enorme dívida pública. Qual a solução
que sua candidatura propõe para o problema?
CG: A questão da dívida
pública é complexa. Em primeiro lugar, é preciso
reconhecer que não há condições para o crescimento
sustentável enquanto o juro real que o governo paga pelos títulos
de sua dívida for maior do que a taxa média de retorno dos
negócios produtivos (as empresas não financeiras e as empresas
que não tenham, como concessionárias, seus lucros assegurados
pelo governo). Tal pagamento representa, em substância, um imposto
que quem trabalha ou produz paga a quem dá dinheiro emprestado
ao Estado. O governo acaba virando apenas o intermediário da operação.
É um regime insustentável tanto para os produtores quanto
para o próprio Estado. O governo vem acrescentando ao montante
da dívida interna a maior parte do que deve como juros, e adiando,
calamitosamente, o dia do acerto.
A saída não é
dar calote, nem desrespeitar de qualquer outra maneira os contratos da
dívida. A saída é criar condições práticas
para estabelecer regime de realismo e de responsabilidade - sobretudo
responsabilidade para com os trabalhadores e os produtores - na administração
da dívida pública. A criação das condições
necessárias para a baixa dos juros dentro da normalidade contratual
e das regras de mercado passa pela reformas tributária e previdenciária
antes referidas e pelas seguintes iniciativas.
Sabendo-se que o atual controle
da Aduana brasileira permite, como tem registrado a imprensa quase diariamente,
a entrada de contrabando, armas, drogas, e que o modelo atual coloca em
risco o trabalho dos fiscais, como seu futuro governo pretende tratar
essa questão?
CG: O nosso programa de Segurança
Pública prevê um conjunto de iniciativas destinado a fortalecer
a capacidade do governo federal para combater o crime, principalmente
o crime organizado. Dentre elas estão :
Federalizar amplo elenco de crimes: contrabando de armas, narcotráfico,
crimes contra a administração pública, crime financeiro,
crimes cometidos por policiais civis e militares, crime organizado.
Triplicar, num prazo de quatro anos, o quadro efetivo da polícia
federal.
Aparelhar a polícia federal como polícia inteligente, com
as melhores tecnologias disponíveis no mundo
Estas medidas, aliadas ao reaparelhamento
e modernização da Receita Federal, melhorarão e muito
as condições e a segurança dos trabalhos dos fiscais.

Rápidas
Auditoria
da Dívida
O Comitê Rio da Auditoria Cidadã da Dívida, agora
sob a responsabilidade de Ana Mary (DS/RJ) e Jorge Raggio (Fórum
Fisco/RJ), está ampliando sua participação e convidando
novas entidades. Planeja o próximo evento de sua programação
na consagrada data da Libertação da Escravatura, dia 13
de Maio, em local e horário a serem definidos, quando promoverá
o Seminário sobre a Auditoria Cidadã da Dívida, para
o qual estão sendo convidados como palestrantes Maria Lúcia
Fattorelli, Luiz Pinaud, Marcos Arruda, entre outros.
Preço
da Transferência
A editora Lumen Iuris está lançando o livro O Preço
da Transferência e a Harmonização Tributária
no Mercosul, tese defendida e aprovada no mestrado em Direito Tributário
da Universidade Cândido Mendes, pela Auditora-Fiscal aposentada
Eliane Lamarca Simões Peres.
Eliane, que atua agora como advogada tributarista da Petrobras e professora
convidada da Fundação Getúlio Vargas, proferiu recentemente
a palestra "Paraísos Fiscais, Preço da Transferência",
no auditório da Universidade Cândido Mendes, durante os eventos
preparatórios do Fórum Social Mundial no Rio de Janeiro.
Ficou
mais fácil
Quem tem filho, amigo ou parente no exterior e tem necessidade de enviar
dinheiro para fora do país pode contar com o novo serviço
oferecido pelo Banco American Express em parceria com a MoneyGram - empresa
especializada no setor de transferência de valores com atuação
em 150 países. A novidade é que, pelo serviço, não
é necessária a indicação de uma conta corrente
no país de destino do dinheiro.
Até o lançamento deste serviço, a única forma
de remeter dinheiro para outro país era de conta corrente para
conta corrente, processo complicado para quem está apenas passando
uma temporada lá fora.

Espaço
do associado
Por que
os AFRF devem estar entre as categorias mais bem remuneradas do Serviço
Público?
Antes de responder à pergunta,
deve-se assinalar que os AFRF, no passado, estavam entre as categorias
mais bem remuneradas do serviço público. De 1996 para cá,
vimos nos afastando dessas categorias, a saber: magistrados, procuradores,
delegados de polícia, ...
Hoje, a remuneração
inicial de um AFRF é de R$ 2.400,00, podendo chegar a R$ 3.600,00,
se receber a gratificação máxima possível.
Já as categorias da primeira divisão têm remuneração
inicial média de R$ 7.500,00, sem necessidade de qualquer gratificação.
Visto que os AFRF estão, na
melhor das hipóteses, na segunda divisão, cabe responder
por que devem voltar para a primeira divisão.
Em primeiro lugar, porque a responsabilidade
e a complexidade de exercer as atividades de gestão administrativa,
financeira e operacional da Secretaria da Receita Federal, que arrecada
cerca de 150 bilhões de reais por ano para os cofres públicos,
são, no mínimo, tão importantes quanto as das categorias
da primeira divisão.
Para ser um bom AFRF, portanto, é
preciso ser muito competente. O ingresso na carreira dependia, por exemplo,
em 1994, de passar em um concurso, disputado por pessoas com nível
superior, cuja relação candidato/vaga era de 150/1.
Não basta ser competente. É
preciso ter boa formação moral e ética.
Assim, a carreira de AFRF deve ser
de primeira divisão para atrair os melhores candidatos.
Pensar pequeno em relação
aos AFRF significa atrair para este grupo pessoas menos preparadas, o
que será desastroso para o país.
Sabemos que mesmo sendo uma categoria
de primeira divisão, infelizmente, sempre haverá uma minoria
que procurará auferir ganhos ilícitos. Por isto, é
que sempre defendemos e continuaremos a defender punição
exemplar para aqueles que assim procederem.
Por outro lado, se não formos
uma categoria de primeira divisão, certamente acabaremos sendo
dominados por aqueles que não precisam de uma boa remuneração
para se sentirem atraídos pela atividade de AFRF, bastam os ganhos
ilícitos.
Sob qualquer ponto de vista, se se pensa
grande em relação às atividades dos AFRF, conclui-se
que eles devem estar na primeira divisão do Serviço Público
do Brasil.
Nesse sentido, o Congresso Nacional
pode dar um passo significativo, aprovando a MP 2.175-29, que, em síntese,
estabelece o seguinte: 1) paridade entre ativos e aposentados; 2) eliminação
da avaliação individual; 3) GDAT incidindo sobre o maior
vencimento da categoria para todos os AFRF; 4) tabela de transposição
mais favorável, resgatando a isonomia com os fiscais da Previdência
e Trabalho; e 5) vedação de o Poder Executivo dispor sobre
nossas atribuições.
Com certeza, nós, AFRF, saberemos reconhecer cada um dos que contribuírem
para tornar realidade a nossa volta à primeira divisão.
(O autor é AFRF e pediu para não citar seu
nome)

Contrabando
em Manaus
expõe deficiências da SRF
A sucessão de manchetes sobre
contrabando no país, que infestam o noticiário da imprensa,
é a prova mais contundente de que é urgente a adoção
de mudanças na estrutura material e da legislação
vigente que garantam e apoiem o funcionamento da Aduana brasileira. A
missão institucional da Aduana é a proteção
do país e o seu cumprimento não pode mais depender exclusivamente
do esforço de consciência e do compromisso do corpo funcional
da SRF com a sociedade.
O enorme contrabando apreendido recentemente
em Manaus mostra que o projeto da atual administração para
a SRF tem se caracterizado pela mutilação das atribuições
e prerrogativas dos AFRF como representantes de um órgão
de Estado, a serviço da sociedade brasileira e não dos objetivos
políticos de qualquer governo. O posicionamento ético dos
AFRF foi suficientemente demonstrado com da campanha "Chega de Contrabando",
lançada em novembro de 2000.
Nos últimos anos, entretanto,
a atual administração aprofundou sua lógica autoritária
de castrar o diálogo e mudar o funcionamento da SRF sem qualquer
debate ou mesmo explicação à categoria. Foi assim
com a criação do Mandado de Procedimento Fiscal, com a implantação
do novo Regimento e com os sucessivos atos normativos que tornam a Aduana
mero ponto de passagem, onde descobrir fraudes e irregularidades e apreender
contrabando é uma exceção que depende do servidor
e não de uma política do órgão.
Tais procedimentos revelam a responsabilidade
direta do projeto governamental pelos acontecimentos e fatos constatados
em Manaus. O funcionamento do Estado não pode se confundir com
um projeto de governo, que altera a estrutura da SRF e a legislação
pertinente, omite suas deficiências que facilitam as irregularidades
e as atribuem a mero fruto da conduta de "maus servidores".
Em 6 de fevereiro, a Receita Federal
apreendeu contrabando de 39 contêineres de eletro-eletrônicos
vindos de Hong Kong. Os produtos tinham até etiqueta de "poupe
energia" e seriam vendidos em São Paulo. Em 21 do mesmo mês,
a imprensa revela que o esquema da Zona Franca de Manaus tem participação
de seis empresas e é o maior já investigado no país,
segundo a SRF e a Polícia Federal. Seu valor até então
seria da ordem de R$ 47,2 milhões.
Segundo os dois órgãos,
não se tratava apenas de contrabando: "Há ramificações
para o crime organizado, com a prática de lavagem de dólares.
A conexão investigada envolve Hong Kong, Coréia do Sul,
China e Taiwan!". O esquema, segundo a PF, começou a ser investigado
a partir de retenção de cargas destinadas a seis fabricantes
da Zona Franca nos portos de Santos, Vitória, Manaus e Belém.
Apenas os nomes da CCE e da sua distribuidora, DM Eletrônica da
Amazônia Ltda. foram divulgados.
Dois dias depois, o jornal O Globo
dizia que o valor dos itens apreendidos em Manaus, Belém e São
Paulo, na Operação Rio Negro Pente Fino, da Receita Federal,
deve pelo menos dobrar, depois que forem concluídos os trabalhos
de vistoria nos 1.084 contêineres pendentes. O Globo acrescentava
também os nomes de outras empresas envolvidas, "cujos acionistas
são réus em processo aberto pela Justiça, a Bahia
South Indústria da Amazônia, a CCE da Amazônia e a
Agência Marítima Mercosul Ltda".
A Folha de São Paulo do dia
1 de março noticiou que a Polícia Federal apura mais casos
de contrabando e anunciou a abertura de três novos inquéritos
contra a CCE, a Gree Elétrica Appliances do Brasil Ltda. e BMA
Indústria e Comércio Ltda. no esquema de contrabando internacional
contra a Zona Franca de Manaus. Treze dias depois, a FSP informa que fiscais
da Receita Federal ganhavam propina de 10% sobre o total importado pela
DM Eletrônica da amazônia Ltda para liberar cargas sem checagem.
O Unafisco pede a apuração rigorosa dos fatos.

Vice-governadora
visita DS/RJ
A GOVERNADORA Benedita da Silva, que
governará o Rio de Janeiro pelos 9 últimos meses do mandato
do atual governo, visitou a sede de nossa Delegacia Sindical, na noite
do dia 26 de março. Na ocasião, conversou com os membros
da diretoria da DS, alguns membros da categoria e a direção
regional do Fórum Fisco, que reúne fiscais da esfera federal,
estadual e municipal. Benedita ficou satisfeita com o que ouviu e disse
que seu governo está aberto às sugestões construtivas
dos Auditores-Fiscais.

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