Institucional
       
     
 

DISCURSO DE POSSE

 

Sra. Superintendente Regional da Receita Federal do Brasil, Eliana Pólo;

Sr. 1º Vice-Presidente do Sindifisco Nacional, Lupércio Montenegro;

Colegas Vera Teresa e Cristina Taveira;

Membros do Conselho Fiscal empossado;

Meus colegas de diretoria;

Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil;

Demais autoridades e convidados presentes.

Hoje, estamos celebrando o nascimento de um novo sindicato. Que nasce com a maturidade certa do seu tempo. O tempo presente. Nem precoce, nem tardio.

Olho para os meus companheiros e vejo em seus rostos a força da luta de uma caminhada e sei dos seus compromissos, que também são meus:

O compromisso com o estado democrático de direito, berço seguro que permite o embalo dos sonhos do sindicalismo autêntico e independente, quer de Governos ou Administrações quer de partidos políticos;

O compromisso com a cidadania, essa ama-de-leite que nos alimenta e nos coloca num patamar qualificado, dando-nos visibilidade e respeitabilidade, principalmente na chamada sociedade civil;

Compromisso com a ética, que aqui mencionamos pela simples razão do seu esquecimento, nos dias de hoje, em nosso país;

Compromisso com o sindicalismo vivo, participativo, a denominada democracia interna, adro de um templo que transforma lideranças e liderados numa só força, num só corpo, que dá conteúdo ao termo categoria;

Categoria, aliás, com a qual o nosso compromisso é orgânico, ou se preferirem, corporativo, pois que essa é a essência do sindicato.

Por tudo isso, podemos celebrar hoje o nascimento desse novo sindicato. Porque nos orgulhamos dos nossos princípios, nos orgulhamos de nossa história, nos orgulhamos de nossa origem fazendária e previdenciária, nos orgulhamos de sermos servidores públicos federais, nos orgulhamos de sermos auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil.

É com esse orgulho que aceitamos o desafio de dirigir a maior Delegacia Sindical do maior sindicato de servidores públicos do país: o Sindifisco Nacional.

É com esse orgulho e com a responsabilidade de ser direção que vamos trabalhar a consolidação da unificação. A propósito, já no primeiro dia de nossa gestão procuramos os dirigentes da AFIPERJ e firmamos o embrião de uma parceria importante, onde a soma de nossas ações tenha o poder mágico da multiplicação em prol de toda a categoria. Uma parceria que respeite o espaço de cada um, sem imposições, sem interferência de gestão, apenas procurando nessa união o fortalecimento conjunto.

Como desdobramento desse primeiro encontro, comunico a todos os presentes que a nossa festa de final do ano será na Marina da Glória, com todo o glamour daquele lugar. E o que é melhor, em conjunto com a AFIPERJ.

Essa união também facilita as conquistas da categoria, porque nos coloca ombro a ombro no crescimento coletivo. Hoje nas festas, amanhã nas lutas corporativas e de cidadania, como por exemplo, na luta pela Previdência Social Pública, objeto de recente Seminário promovido pela Delegacia Sindical do Rio de Janeiro.

Mas a unificação também se dá em outros campos, como na compreensão em torno do termo categoria, onde ativos do início, meio e fim de carreira em conjunto com os aposentados possam trabalhar as reivindicações de forma solidária e uníssona, defendendo a vigilância da paridade, mas também o fim do fosso salarial e do Sidec. Defendendo melhores condições de trabalho e a qualificação profissional constante, com a obrigação do órgão para com a formação do auditor-fiscal, e o compromisso de um mínimo de horas/ano de cursos por auditor.

Chegando a tal estágio, o círculo virtuoso se fecha: formação de excelência, remuneração condizente, carreira típica de Estado.

Não nos furtaremos a buscar o entendimento e a harmonia com a Administração, em especial a da 7ª Região Fiscal, desde que no interesse da categoria. Estamos e estaremos sempre abertos ao diálogo.

Da mesma forma será a nossa conduta em relação à DEN. Independente das divergências de condução sindical que possam existir entre a DS e a direção nacional, procuraremos superar os obstáculos em nome do entendimento e pelo bem maior da categoria. Isso não significa dizer que abrimos mão da crítica, da cobrança, do exercício do poder de mobilização próprio. Mas significa que o relacionamento será respeitoso e cooperativo. Estamos prontos para o diálogo e envidaremos todos os esforços para que este ocorra ao longo dos próximos vinte e sete meses de nossas respectivas gestões.

Quero me dirigir aos aduaneiros para dizer que a Delegacia Sindical estará atenta aos sobressaltos e ameaças que, por vezes, rondam à Aduana, como é o caso do fechamento do histórico laboratório de química fina (LABOR) que funcionava no Porto do Rio de Janeiro. Com o encerramento de suas atividades foi tirado das mãos da aduana o poder da classificação tarifária, agora terceirizada. Trabalharemos incansavelmente pela reabertura do LABOR.

Quero dizer que a citação à Aduana reflete a minha longa jornada aduaneira na Receita Federal do Brasil, o que a torna especial para mim, assim como o foi o Espei onde trabalhei por quase dez anos. Mas eu e toda a diretoria da DS-RJ sabemos que o nosso compromisso é com toda a categoria, o que abrange também os auditores-fiscais que se ocupam dos tributos internos e previdenciários, bem como os aposentados.

Quero, a propósito, conclamar os aposentados para fazer do sindicato a extensão de suas casas, sempre que lhes aprouver. A nossa diretoria de aposentados, desde gestões anteriores, vem oferecendo uma rica programação cultural, recreativa e de inclusão digital e também sonora, com o canto coral. É um congraçamento social importante e não apenas restrito aos aposentados.

Agora, com a chegada de novos diretores, pretendemos incrementar ainda mais a área política e de eventos, inclusive reeditando o “Alimento o Debate”, ciclo de palestras criado no primeiro mandato da gestão que ora sucedemos. E, tenham certeza, debateremos também temas da maior importância para a categoria, como por exemplo, a injusta contribuição previdenciária dos aposentados. Esses eventos terão lugar, preferencialmente, na sede da Rua da Quitanda, local que pretendemos seja um espaço sócio-cultural da DS-RJ.

Quero, neste momento, agradecer à Comissão Eleitoral pelo empenho e dedicação ao pleito eleitoral, viabilizando-o de forma tranqüila, segura e transparente, o que é um conforto para a categoria. A todos que voluntariamente participaram das mesas eleitorais o meu agradecimento em nome de todos os auditores-fiscais de nossa base sindical.

Quero agradecer aos auditores-fiscais pela expressiva participação sindical, em especial na eleição que ocorreu em agosto próximo passado. Procuraremos representá-los com dignidade, respeito e dedicação para que ao final de nosso mandato possamos dizer do dever cumprido, como é o caso hoje das diretorias que acabam de deixar a DS e o Sindifisp.

Quero me dirigir aos funcionários da nova DS para tranquilizá-los com toda essa mudança que a unificação das entidades traz e dizer que sabemos da qualidade de cada um. É uma honra trabalhar com vocês.

Por fim quero agradecer a minha esposa, Thais pelo carinho e pela compreensão com a minha decisão de representar a categoria de Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil. Em nome dela, saúdo todas as companheiras e companheiros dos demais diretores que, com certeza, vivenciaram e vivenciarão as nossas aflições, as nossas angústias, as nossas ausências, mas também as nossas alegrias.

Muito obrigado a todos.